Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 2.963

No Rincão da Corticeira

Shana Müller

A ponta de tropa mansa
Cruzando a taipa do açude
E a silhueta de um bugre
No serenal da barranca
Um poncho pátria na anca
Do bueno gateado estrela
E a solidão da baeta
Na estrada antiga da sanga.

Uma saudade desnuda
Vem assobiando as esporas
No papagaio das horas
Cutucando a lida inteira
De pronto troca a orelha
No passo, o pingo crioulo
Enquanto pito um de rolo
No rincão da corticeira.

Descanso a perna no estribo
E afrouxo o corpo no basto
E o campo consome o pasto
Na imensidão da fronteira.

Meu verso de alma campeira
Costeia o mundo sulino
Emquanto bufa um brasino
No corredor da porteira.

Um baio vem na culatra
E acoa junto da tropa
Que se negando na volta
Se empacou no aguaceiro
Um vento mancho pampeiro
Desquinado pelo couro
Topa o mugido de um touro
No garrão dos ovelheiros
Depois que encordoa o tranco
Sigo sovando pelego
Bem no compasso do tempo
Ruminando a novilhada
Pateando de cola chata
No partajão boiadeiro
Que desmamou os terneiros
Lá no fundão da invernada.

Segue o tinido da argola
No freio do meu gateado
E um semblante abarbarado
Vai repontando a boiada.

O pingo sorvendo aguada
Espicha o corpo pra frente
É o cerno da minha gente
Que encilhou de madrugada.

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir
Composição: Cristian Davesac / Juliano Gomes. Essa informação está errada? Nos avise.

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Shana Müller e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver mais no Blog


Opções de seleção