
VaiVem
Siba
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai e vem, indo e vindo
Vem e vai, voltando e indo
Indo e voltando também
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai a noite devagar
Lá vem o dia nascer
Lá vai o dia pintando
O céu pra noite saber
Que o caminho é por ali
Pode vir sem se perder
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
No balanço de maré
Vai o mar, o rio vem
O mar vem, o rio vai
O mar pede, o rio tem
O rio quer, o mar dá
Nenhum dos dois se detém
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
O relógio tem ponteiro
Cada um tem seu andar
O segundo vai voando
E o minuto quer pular
A hora passa pisando
Pro rastro não se apagar
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Bate bate, coração
Corre sangue pela veia
Se bater forte demais
O meu juízo mareia
Se a batida fraquejar
Meu esqueleto bambeia
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
A gente não vê o ar
Nem você vê, nem eu vi
Pra não ir atrás do vento
Vou esperar ele ali
Que ele arrudiou o mundo
Com pouco mais passa aqui
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Depois do vento passar
Vou por onde não tem chão
Misturando o que não dá
Com tudo o que não me dão
Pra escrever sem papel
E cantar sem violão
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Pela boca é onde vai
A palavra carregada
Pela boca é onde vem
A comida temperada
Se não tiver vai e vem
Só vem mosquito e mais nada
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai e vem, indo e vindo
Vem e vai, voltando e indo
Indo e voltando também
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai e vem, indo e vindo
Vem e vai, voltando e indo
Indo e voltando também
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai e vem, indo e vindo
Vem e vai, voltando e indo
Indo e voltando também
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai e vem eu vou e fui
Como quem dança forró
Porque tudo que se tem
Qualquer dia vira pó
Também dar e receber
É tudo uma coisa só
Vem vai, vai vem
Vai e vem eu fui e vou
Como eu já disse que ia
Pra onde vou, levo nada
Mas carregando poesia
Ando arrastando uma mala
Que nunca fica vazia
Vem vai, vai vem
Vai e vem eu vou e venho
Não importando o que há
Vendo a passagem pequena
Que pro meu corpo não dá
Morro entalado dizendo
Daqui a pouco eu tô lá
Vem vai, vai vem
Vou remando, vai e vem
Contra rumo de maré
Bebo aguardente do tempo
Fumo o cachimbo da fé
Olhando longe e dizendo
Eu não tô vendo, mas é
Vem vai, vai vem
Quem não é e nunca foi
De repente fica sendo
Quem pensa que não é nada
Pode ser sem estar sabendo
Quem diz que é, não será
Vive somente dizendo
Vem vai, vai vem
Quem ouviu até agora
Diz que a rima tá bonita
Vamos guardar a palavra
Que este poeta vomita
Que quanto mais ele canta
Menos a gente acredita
Vem vai, vai vem
Vim dali, pra lá eu vou
Sair do canto é urgente
Dou um passo, já tô longe
Quem não se liga, nem sente
Fechou o olho e abriu
Já tô aqui novamente
Vai vem, vem vai
Vem vai, vai vem
Vai e vem, indo e vindo
Vem e vai, voltando e indo
Indo e voltando também



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