The Sound Of Silence

Solidão e crítica social em “The Sound Of Silence”

A música “The Sound Of Silence”, de Simon & Garfunkel, começa com uma relação próxima com a escuridão, tratada como uma "velha amiga". Esse diálogo com a solidão reflete tanto uma busca por autoconhecimento quanto a sensação de alienação presente na sociedade dos anos 1960, período em que Paul Simon compôs a canção. O verso “People talking without speaking, People hearing without listening” (“Pessoas falando sem dizer nada, pessoas ouvindo sem escutar”) resume a crítica à superficialidade das relações humanas, onde a comunicação verdadeira é substituída por gestos vazios e a incomunicabilidade se torna comum.

A expressão “neon god” (“deus de néon”) faz referência à idolatria moderna pela tecnologia, pelo consumo e pela vida urbana, sugerindo que as pessoas passaram a adorar símbolos artificiais em vez de buscar conexões reais. O trecho “Silence like a cancer grows” (“O silêncio cresce como um câncer”) reforça a ideia de que a falta de diálogo verdadeiro se espalha de forma prejudicial. O contexto histórico da música, marcado por tensões sociais e políticas, amplia o significado desses versos, tornando-os um retrato da dificuldade de se conectar emocionalmente em meio ao barulho e à pressa do mundo moderno. A presença da canção no filme “A Primeira Noite de um Homem” também ajudou a eternizar esse sentimento de desorientação e busca por sentido, consolidando “The Sound Of Silence” como um símbolo de introspecção e crítica social.