Resta Um Pouco Mais

A Persistência do Amor em 'Resta Um Pouco Mais' do Skank

A música 'Resta Um Pouco Mais' da banda Skank, composta por Lelo Zaneti e Chico Amaral, é uma reflexão poética sobre a persistência do amor e das memórias em meio ao esquecimento e à passagem do tempo. A letra começa com uma evocação de lembranças, sugerindo que, mesmo que os nomes sejam esquecidos, as madrugadas compartilhadas ainda permanecem. Essa ideia é reforçada pela metáfora dos 'navios colossais que nunca deixaram o cais', simbolizando momentos e sentimentos grandiosos que, apesar de não terem se concretizado plenamente, ainda existem em algum lugar do coração.

A segunda estrofe aborda a ideia de erros e desaparecimento, mas também de resiliência. As 'cinzas que irão tornar-se a tela de minha alma' sugerem que, mesmo após a destruição ou perda, algo novo e significativo pode surgir. A imagem de um 'corpo caído nas mãos silenciosas de uma mulher' e o 'tumulto no coração' evocam a complexidade das emoções humanas, especialmente no contexto de um relacionamento amoroso. A música sugere que, apesar das dificuldades e dos erros, ainda resta algo valioso que merece ser preservado.

O refrão, repetido ao longo da canção, reforça a conexão profunda entre os amantes. Quando os olhos do eu lírico 'vão por aí', eles 'levam junto os teus', indicando que, independentemente da distância ou do tempo, há uma ligação inquebrável entre eles. Essa conexão é uma razão cega para viver, uma força que impulsiona e dá sentido à existência. A música, com suas metáforas ricas e imagens poéticas, captura a essência do amor persistente e das memórias que resistem ao esquecimento.