Pluto

Reflexão sobre identidade e vulnerabilidade em “Pluto”

O título “Pluto”, da banda Sleeping At Last, traz uma analogia direta entre o planeta anão, que perdeu seu status de planeta, e os sentimentos de desvalorização e transformação de identidade presentes na música. Assim como Plutão foi reclassificado, a canção aborda o processo de desconstrução de antigas defesas emocionais e padrões de comportamento. Isso fica claro em versos como “I leaned in and let it hurt / And let my body feel the dirt” (Eu me inclinei e deixei doer / E deixei meu corpo sentir a terra), onde o ato de aceitar a dor e tocar o chão representa a vulnerabilidade como parte fundamental do crescimento pessoal.

A letra segue uma narrativa de autodescoberta, marcada pela luta contra o medo e a dúvida. Em “I’ve always been afraid of heights / Of falling backwards, falling backwards” (Sempre tive medo de altura / De cair para trás, cair para trás), o narrador expõe suas inseguranças. O ciclo de preocupação é rompido quando ele decide enfrentar seus medos e quebrar padrões antigos, como em “When I break pattern, I break ground / I rebuild when I break down” (Quando quebro padrões, abro caminho / Eu me reconstruo quando desabo). O peso emocional, descrito em “the heaviness that I hold in my heart belongs to gravity” (o peso que carrego no coração pertence à gravidade), é visto como parte da experiência humana, mas pode ser aliviado ao reconhecer os próprios limites, como no pedido “Show me where my armor ends / Show me where my skin begins” (Mostre onde minha armadura termina / Mostre onde minha pele começa). Assim, “Pluto” utiliza metáforas espaciais e físicas para ilustrar a jornada de autotransformação e aceitação das próprias fragilidades.