Ya Es Muy Tarde (part. Zinaloka)

Despedida e saudade em "Ya Es Muy Tarde (part. Zinaloka)"

Em "Ya Es Muy Tarde (part. Zinaloka)", Smoky aborda de maneira direta a dor e a saudade após o fim de um relacionamento. A repetição do verso “Pero ya es muy tarde / Y yo no te tengo ni como enemigo / Pero yo no te olvido” destaca a resignação do narrador, que não consegue transformar a dor em rancor. Mesmo com o término, o carinho permanece, mostrando que a lembrança da pessoa ainda é forte e impossível de ser apagada.

O trecho “Mi cuerpo está en un ataúd / Pero en el cielo estoy yo” traz uma metáfora marcante para a morte simbólica do relacionamento. Apesar do fim, o sentimento não desaparece, permanecendo vivo em outro plano, seja emocional ou espiritual. O narrador revisita momentos importantes, como “Recuerda el último beso / En las vacaciones de julio”, e assume sua responsabilidade pela dor causada: “Por mi culpa como nunca tú lloraste”. Ainda assim, ele deseja sinceramente que a outra pessoa seja feliz, como em “Te deseo lo mejor y quiero que seas muy feliz” e “Espero que encuentres a alguien igual que tú”. O questionamento sobre o que teria acontecido se ainda estivessem juntos reforça o sentimento de perda e a dificuldade de seguir em frente. A participação de Zinaloka intensifica a carga emocional, tornando a despedida mais realista e tocante.