A Marca do Berrante

A Marca do Berrante: Uma História de Amizade e Tragédia no Sertão

A música "A Marca do Berrante", interpretada por Sulino e Marrueiro, é uma narrativa emocionante que retrata a vida de peões no sertão brasileiro. A letra conta a história de Batistinha, um peão respeitado e habilidoso, que viajava com seu cavalo, seu cachorro e seu berrante, todos elementos essenciais de sua vida e trabalho. A música destaca a relação de companheirismo e lealdade entre o peão, seu cavalo e seu cachorro, simbolizando a conexão profunda entre o homem e a natureza.

A tragédia ocorre durante uma viagem de Aquidauana a Barretos, quando Batistinha é enviado para buscar um boi que se afastou do grupo. A noite passa e Batistinha não retorna, gerando uma sensação de pressentimento e preocupação entre os companheiros. A busca pelo peão revela um cenário desolador: o cavalo afundado em um pântano e o berrante flutuando na água. Esses elementos são suficientes para concluir que Batistinha encontrou seu destino trágico, mesmo sem encontrar seu corpo. A marca do berrante, com o nome de Batistinha gravado, serve como um símbolo de sua identidade e legado.

A música utiliza metáforas e imagens vívidas para transmitir a dureza e a beleza da vida no sertão. O berrante, um instrumento tradicional usado para conduzir o gado, torna-se um símbolo de identidade e memória. A lealdade do cachorro Gavião, que permanece ao lado de seu dono até o fim, reforça a ideia de fidelidade e amizade incondicional. A narrativa também aborda a inevitabilidade da morte e a aceitação do destino, temas comuns na música sertaneja, que frequentemente explora as realidades da vida rural e as emoções humanas profundas.