Broken Clocks

Ciclos e autodescoberta em "Broken Clocks" de SZA

Em "Broken Clocks", SZA utiliza o ambiente do strip club e a rotina de trabalho como metáforas para ilustrar ciclos repetitivos e as pressões sociais que sufocam a individualidade. Quando ela afirma: “I'm never going back, never going back / No you can't make me” (“Eu nunca vou voltar, nunca vou voltar / Não, você não pode me obrigar”), SZA expressa seu desejo de romper com padrões impostos e buscar autenticidade. Esse posicionamento reforça o tema de empoderamento pessoal presente em toda a música. O videoclipe amplia essa ideia ao alternar entre cenas de um acampamento de verão, que simboliza liberdade e inocência, e a dura realidade do strip club, mostrando o contraste entre sonhos e a rotina desgastante.

A letra também aborda a superação de relacionamentos passados. SZA questiona: “Been about three years since I dated you / Why you still talking 'bout me like we together?” (“Já faz uns três anos desde que namorei você / Por que você ainda fala de mim como se estivéssemos juntos?”), deixando claro seu desejo de seguir em frente e priorizar o próprio crescimento. Mesmo reconhecendo que ainda existe afeto — “It's still love, but it's still love / Nothin' but love for you” (“Ainda é amor, mas ainda é amor / Nada além de amor por você”) —, ela enfatiza a importância de se libertar do passado. O refrão “All I got is these broken clocks / I ain't got no time / Just burning daylight” (“Tudo o que eu tenho são esses relógios quebrados / Não tenho tempo / Só queimando a luz do dia”) simboliza a sensação de estar presa em uma rotina sem sentido, mas também a urgência de viver de acordo com seus próprios termos. Assim, "Broken Clocks" convida o ouvinte a valorizar o amor-próprio e a autenticidade, mesmo diante das repetições e desafios da vida.