Oaxaca

O amor e o refúgio em “Oaxaca” de Taburete

Em “Oaxaca”, Taburete transforma a cidade mexicana em um símbolo de afeto e conexão emocional. A escolha de Oaxaca como cenário vai além de uma simples referência geográfica: reflete a relação especial que a banda desenvolveu com o México, país que acolheu o grupo e influenciou sua música. A letra apresenta a praia de Oaxaca como um espaço de intimidade e refúgio, onde o tempo parece se distorcer, como nos versos “en tu habitación se me ha roto el reloj / o el tiempo es el que se ha estirado” (no seu quarto, meu relógio quebrou / ou o tempo é que se alongou). Esses versos mostram como, na presença da pessoa amada, as preocupações desaparecem e surge uma conexão profunda, quase fora do tempo comum.

A música traz um tom nostálgico e leve, especialmente quando o eu lírico revela vulnerabilidade e entrega: “Son tuyas todas mis palabras / te aviso por si no puedo cantarlas” (todas as minhas palavras são suas / aviso caso eu não consiga cantá-las). A sinceridade suaviza a dificuldade de expressar sentimentos, enquanto a metáfora do “rompecabezas” (quebra-cabeça) reforça que a relação é construída aos poucos, peça por peça, mesmo com incertezas. O verso “hemos vivido tanto que tú eres mi casa aquí” (vivemos tanto que você é minha casa aqui) resume o sentimento de pertencimento e conforto. Assim, “Oaxaca” celebra a paixão e a cumplicidade, usando o cenário mexicano como ponte entre culturas e afetos.