
Boiadeiro É Boi Também
Tião Carreiro
Relação de sofrimento em “Boiadeiro É Boi Também” de Tião Carreiro
“Boiadeiro É Boi Também”, de Tião Carreiro, expõe de forma clara a identificação entre o trabalhador rural e o gado que ele conduz, mostrando que ambos compartilham o mesmo destino de exploração e sofrimento. O verso “A boiada vai pro corte eu no corte já estou / No corte da ingratidão que o senhor me preparou” deixa evidente esse paralelo: assim como o boi é levado ao abate, o boiadeiro também é vítima de um sistema injusto, onde o patrão enriquece às custas do trabalho dos outros, sem oferecer reconhecimento ou recompensa.
A letra usa uma linguagem simples e direta para expressar resignação e tristeza, como no trecho “Se a dor ocupasse espaço não cabia nessa estrada”. O boiadeiro, assim como o boi que “puxou carro e arado / Sofreu debaixo de canga sem receber ordenado”, é retratado como alguém que suporta o peso do trabalho duro e da ingratidão. O refrão “Eu vou com você boiada eu vou e não volto mais” reforça a sensação de abandono e falta de perspectiva. Já o trecho “Boiadeiro e boiada são dois filhos de ninguém / Nas mãos de um senhor malvado boiadeiro é boi também” resume a crítica social da música: tanto o animal quanto o homem são desprotegidos e desvalorizados, submetidos à vontade de um patrão opressor. Assim, a canção se torna um retrato sensível das injustiças sociais no campo brasileiro, dando voz ao sofrimento dos trabalhadores rurais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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