Pagode Na Praça

Tradição e orgulho violeiro em “Pagode Na Praça” de Tião Carreiro

Em “Pagode Na Praça”, Tião Carreiro faz uma declaração de amor à viola e ao pagode de viola, destacando a importância desse instrumento em sua vida. Logo no início, ele compara a viola à cachaça, dizendo: “Fazer moda é meu vício, viola é minha cachaça”. Essa frase mostra que tocar viola é mais do que profissão; é uma paixão que faz parte da identidade do artista. O orgulho de ser violeiro aparece em toda a letra, principalmente quando Tião defende a originalidade e a honestidade, rejeitando “moda roubada” e valorizando a luta “limpa sem trapaça”. Esse posicionamento reforça a integridade artística e faz referência ao contexto em que o pagode de viola surgiu como um gênero autêntico e inovador dentro da música sertaneja.

A música também valoriza a tradição e o respeito ao público. Tião Carreiro reconhece que o sucesso do pagode depende tanto do esforço do músico quanto da aceitação popular: “Porque o povo está gostando, eu também tô caprichando”. O “troféu Chapéu de Palha” simboliza o reconhecimento e o respeito conquistados ao longo da carreira. Ao ensinar o “batido do pagode até de graça” e afirmar que “quem canta pagode certo, pode crer, que não fracassa”, Tião destaca a importância de transmitir o conhecimento e manter viva a cultura popular. Assim, a música celebra o compromisso com a tradição, a honestidade e o respeito ao povo, valores centrais para o legado do violeiro.