Rio do Esquecimento

Reflexão sobre memória e presença em “Rio do Esquecimento”

Em “Rio do Esquecimento”, Tom Plutão (Ormando zhiOmn) utiliza a imagem do rio como uma metáfora clara para a efemeridade da vida e da memória. O verso “Antes que as ondas congelantes do rio do esquecimento lambam fora a vida de teus pés” destaca a urgência de viver o presente, já que o esquecimento é inevitável e pode acontecer a qualquer momento. O artista, conhecido por explorar temas ligados ao tempo e à percepção, reforça essa ideia ao afirmar que “nenhum momento, único, pode ser pesado ou medido”, mostrando que cada instante é insubstituível e impossível de quantificar.

A música adota um tom sereno e reflexivo ao tratar da transitoriedade dos acontecimentos e da continuidade da vida, mesmo após nossa partida. O trecho “ao fim dos dias, tudo que sabemos é que outros o prosseguem fielmente na natureza dos fatos que passam” sugere uma aceitação tranquila de que a existência segue seu curso, independentemente de nossa presença. O sentido do “brilhar do Sol” depende da nossa disposição em perceber e sentir o mundo ao redor. No final da letra, a enumeração de experiências simples, como “algodão doce, piada, banho de piscina, festa a fantasia, jogos de tabuleiros, passeios no parque, amor”, reforça a mensagem de que a felicidade está nas pequenas vivências do cotidiano. Assim, “Rio do Esquecimento” convida o ouvinte a valorizar o presente, reconhecendo tanto a beleza quanto a impermanência da vida.