SHYNE (feat. GloRilla)

Referências e irreverência em “SHYNE (feat. JACKBOYS & GloRilla)”

Em “SHYNE (feat. JACKBOYS & GloRilla)”, Travis Scott faz uma homenagem direta ao rapper Shyne e ao reggae clássico de Barrington Levy, misturando referências históricas do hip-hop e do reggae com a energia contemporânea do trap. O refrão “Shyne, what?” e o uso do estilo vocal “Shibbily dabbily” de Levy não são apenas lembranças nostálgicas, mas também representam respeito às raízes e à diversidade cultural. A música une a vibe jamaicana ao hip-hop do sul dos EUA, reforçada pela participação de GloRilla, de Memphis. Essa fusão aparece em versos que celebram festas, ostentação e liberdade, como “hold up them Rollies and them Cartiers” (exibam os relógios Rollie e os Cartier) e “On this side, it's never dry, though it barely rains” (desse lado nunca é parado, mesmo que quase não chova), transmitindo um clima de celebração e poder.

GloRilla contribui com uma energia ousada e descontraída, marcada por versos explícitos e autoconfiantes, como “He nutted, I swallowed them kids so fast, had to fuck around, put out an Amber Alert” (Ele gozou, engoli tudo tão rápido que quase precisei emitir um Alerta Amber). Ela usa duplo sentido sexual e ironia para afirmar sua autonomia e sexualidade. O refrão repetitivo “wobble it, wiggle it” (rebola, mexe) ganhou destaque nas redes sociais pela entrega irreverente, misturando sensualidade e diversão, além de remeter à tradição de refrões dançantes do hip-hop e do reggae. Assim, a música celebra a mistura de culturas, a liberdade de expressão e a irreverência, ao mesmo tempo em que presta homenagem a ícones do passado e valoriza a autenticidade dos artistas.