Não Sou Otário

A Busca por Respeito e Sucesso na Periferia: 'Não Sou Otário' da Tribo da Periferia

A música 'Não Sou Otário' do grupo Tribo da Periferia é um manifesto que reflete a realidade de muitos jovens que crescem nas periferias brasileiras. A letra aborda a luta diária pela sobrevivência e a busca por respeito e sucesso, apesar das adversidades. O grupo, conhecido por suas letras que retratam o cotidiano das periferias, utiliza uma linguagem direta e repleta de referências ao universo do rap e do hip-hop.

O refrão 'Eu não sou boy, só não sou otário' é uma afirmação de inteligência e astúcia, onde o 'boy' pode ser interpretado como alguém que tem tudo de mão beijada, enquanto o 'otário' seria aquele que não sabe se posicionar ou tirar proveito das situações. A música rejeita essa dualidade, posicionando-se em um lugar de quem luta e conquista o que deseja. A expressão 'Luxo pra quem corre, lixo pra quem tá parado' reforça a ideia de que o sucesso é fruto do esforço e da ação.

A narrativa da música descreve a trajetória de alguém que, desde jovem, enfrenta a dura realidade das ruas, mas que não se deixa abater. A referência ao 'conhecimento da rua' e a transformação de uma vida marcada pela violência ('não precisava usar o fuzil') em uma vida de conquistas materiais e pessoais, simboliza a superação e a resiliência. A música é um convite para refletir sobre as desigualdades sociais e a capacidade de superação dos indivíduos.