É o A, É o B (Preto Velho)

A Busca por Conhecimento e Sabedoria na Umbanda

A música 'É o A, É o B (Preto Velho)' da Umbanda é uma expressão rica de humildade e desejo de aprendizado. A repetição da frase 'Eu não sei ler IáIá, nem escrever IáIá' reflete a simplicidade e a humildade dos Pretos Velhos, entidades espirituais veneradas na Umbanda por sua sabedoria e experiência de vida. Essas entidades, que muitas vezes são representadas como antigos escravos, trazem consigo uma mensagem de perseverança e busca por conhecimento, mesmo diante das adversidades.

A solicitação 'Pegue a cartilha que eu também quero aprender' simboliza a vontade de evoluir e adquirir sabedoria. A cartilha, um material didático básico, representa o início do processo de alfabetização e, metaforicamente, o início de um caminho de iluminação espiritual. A repetição das letras 'É o a, é o b, é o c é o d' reforça a ideia de que o aprendizado é um processo gradual e contínuo, começando pelos fundamentos mais simples.

No contexto da Umbanda, essa música também pode ser vista como um chamado à valorização da educação e do conhecimento, não apenas no sentido acadêmico, mas também espiritual. A humildade dos Pretos Velhos em admitir a falta de conhecimento e o desejo de aprender é um exemplo de virtude e uma lição de vida. A música, portanto, celebra a busca incessante por sabedoria e a importância de manter-se sempre aberto ao aprendizado, independentemente das circunstâncias ou da idade.