Intemporal (part. Lila)

O amor transcendental e eterno em “Intemporal (part. Lila)”

A música “Intemporal (part. Lila)” de Valete explora o amor como uma experiência que ultrapassa limites físicos e temporais. Logo no início, versos como “Minha boca na tua boca, eu saboreio o cosmos” mostram como o contato entre os amantes é visto como algo que vai além do material, transformando-se em uma vivência profunda e quase espiritual. O trecho “Minha igreja é o teu útero” reforça essa ideia, atribuindo à união sexual e afetiva um significado sagrado, como se o corpo da pessoa amada fosse um templo de adoração.

O refrão, com a repetição de “Intemporal”, destaca a noção de um amor eterno, que resiste ao tempo e às dificuldades. Isso fica ainda mais claro em versos como “A morte não chegará, nós, a Lua, ménage à trois”, sugerindo que a conexão entre os dois é tão forte que supera até mesmo a morte. A letra também aborda temas como fidelidade e transcendência, ao mencionar “monogamia, amor de sábios” e “ser imortal é a luta, o nosso pós-guerra é o Kama Sutra”, mostrando que a busca por plenitude e imortalidade se dá através da paixão e da escolha consciente de estar junto. Por fim, a música equilibra desejo e espiritualidade, como em “tu, minha cela espiritual”, e expressa a busca por completude em “tudo o que tu és, é tudo o que não tenho”. Valete e Lila, assim, apresentam o amor como uma força criadora, revolucionária e, acima de tudo, intemporal.