Die Hard

Rebeldia e crítica religiosa em “Die Hard” do Venom

“Die Hard”, do Venom, adota uma postura provocativa ao abordar temas ligados à rebeldia e à crítica à moralidade tradicional. A letra faz menção direta a “Satan, Father” e pede ajuda para sair de um “grave”, deixando clara a intenção de desafiar valores religiosos. Elementos como “coroa de espinhos” e “realeza satânica” reforçam a iconografia característica da banda, ao mesmo tempo em que subvertem símbolos cristãos para afirmar uma identidade própria e contrária ao status quo.

O refrão “Die Hard” funciona como um grito de resistência, refletindo o espírito do heavy metal dos anos 80, quando desafiar normas era fundamental. Ao afirmar que não consegue “reason with men and mortal fools” (argumentar com homens e tolos mortais) e que “they won’t die hard” (eles não morrerão com resistência), a música separa os verdadeiros rebeldes daqueles que apenas seguem as regras. A exaltação de “legions iron and steel” (legiões de ferro e aço) e “men of war” (homens de guerra) sugere uma irmandade de guerreiros que abraçam o perigo e a transgressão. Versos como “I can ride the fires of Hell and blasphemy” (posso cavalgar as chamas do inferno e da blasfêmia) e “we can grow strong, Satanic royalty” (podemos nos fortalecer, realeza satânica) reforçam a ideia de fortalecimento ao rejeitar valores convencionais. Imagens como “evil angels” (anjos malignos) e “vultures of the night” (abutres da noite) intensificam o tom sombrio, consolidando a música como um hino à força do outsider diante da adversidade.