Foi No Mês Que Vem

O tempo lúdico e o amor em "Foi No Mês Que Vem"

O título "Foi No Mês Que Vem" já indica o tom bem-humorado e criativo da música de Vitor Ramil. A expressão brinca com a ideia de um tempo indefinido, sugerindo que algo importante está sempre prestes a acontecer, mas nunca se concretiza totalmente. Isso se reflete nos versos repetidos “Foi no mês que vem / Foi quando eu chegar / Foi na hora em que eu te vi”, onde a mistura de tempos verbais cria uma sensação de expectativa constante. O amor, nesse contexto, é apresentado como um momento que está sempre para acontecer ou acabou de acontecer, mas nunca se fixa, mantendo o ouvinte em um clima de antecipação leve e divertida.

A letra também traz um romantismo direto e descontraído, com toques de humor, como em “Que seja antes minha que de outrem” e “Digo, aqui tô eu / Que te amo e às tuas pernas quero bem”. Esses trechos mostram um amor sincero, sem grandes idealizações, mas cheio de ternura e desejo. O verso “Um paraíso prum sujeito ateu” reforça essa ideia, mostrando que o encontro amoroso pode ser tão intenso que se torna quase sagrado, mesmo para quem não acredita em nada além do momento vivido. Assim, a canção mistura desejo, humor e uma sensação de tempo suspenso, criando uma atmosfera única de leveza e expectativa.