Final

A Efemeridade da Vida e a Incerteza do Destino em 'Final' de Wilsen

A música 'Final' de Wilsen é uma reflexão poética sobre a efemeridade da vida e a incerteza do destino. A letra começa com uma cena noturna, onde um homem e uma mulher caminham juntos, simbolizando a jornada da vida. O homem menciona o frio da noite, enquanto a mulher observa a neve acumulando em sua palma, uma metáfora para a passagem do tempo e a marca que deixamos no mundo. As sete estrelas alinhadas representam aqueles que vieram antes deles, que buscaram a verdade nas montanhas, mas foram levados pela força do destino, sempre um momento cedo demais ou tarde demais.

A música aborda a questão do destino e do livre-arbítrio. A mulher questiona se há alguém que decide o rumo dos acontecimentos, mas o homem responde que não há razão ou rima para as pessoas que amamos e aquelas que perdemos. Essa resposta sugere uma visão fatalista da vida, onde os eventos ocorrem sem uma lógica aparente, e estamos à mercê do tempo e das circunstâncias. A repetição da ideia de estar 'um momento cedo demais ou um segundo tarde demais' reforça a sensação de que a vida é cheia de incertezas e que o controle que temos sobre nosso destino é limitado.

A canção também explora o tema da perda e do luto. O homem menciona 'o fantasma do calor' e 'um contorno de tipos', referindo-se às memórias das pessoas que amou e perdeu. Ele pede para que cantem sobre a perda, mas admite que não ousaria tentar, pois não compreende completamente a vida e ainda menos a perda. Essa humildade diante da complexidade da existência humana e do sofrimento é um reconhecimento da nossa vulnerabilidade e da profundidade das emoções que sentimos. 'Final' é, portanto, uma meditação sobre a transitoriedade da vida, a inevitabilidade da perda e a busca por significado em meio à incerteza.