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Timbre do Galo

Wilson Paim

Letra

    Rio Grande, berro de touro, quatro patas de cavalo.
    Quem não viveu esse tempo, vive esse tempo ao cantá-lo
    Eu canto porque me agrado, neste meu timbre de galo.

    É verdade que alguns dizem, que os tempos de hoje são outros,
    Que o campo é quase a cidade e os chiripás estão rotos,
    Que as esporas silenciaram, na carne morta dos potros.

    Cada um diz o que pensa, isso aprendi de infância,
    Mas nunca esqueça o herege, que as cidades de importância
    Se ergueram nos alicerces dos portins e das estâncias.
    Não esqueça, de outra parte, para honrar a descendência,
    Que tudo aquilo que muda, muda só nas aparências
    E até num bronze de praça, vive a raiz da querência.

    Eu nasci no tempo errado ou andei muito depressa
    Dei ó de casa em tapera, fiquei devendo promessa,
    Mas se pudesse eu voltava, pra onde o Rio Grande começa.

    E se me chamam de grosso, nem me bate a passarinha.
    A argila do mundo novo não tem a mescla da minha,
    Sovada a cascos de touro com águas de carquejinha.

    Rio Grande, berro de touro, quatro patas de cavalo.
    Quem não viveu esse tempo, vive esse tempo ao cantá-lo
    Eu canto porque me agrado, neste meu timbre de galo.

    Eu canto porque me agrado, neste meu timbre de galo.

    Composição: Apparicio Silva Rillo / Pedro Ortaça. Essa informação está errada? Nos avise.

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