1, 2, 3

Afirmação cultural e energia em "1, 2, 3" de Yannick Afroman

Em "1, 2, 3", Yannick Afroman transforma a repetição de "1, 2, 3 chegaram os afroman" em um grito de identidade e celebração, marcando a presença do grupo como um momento especial. Esse refrão não serve apenas para animar a pista de dança, mas também para afirmar o orgulho de ser parte dos Afroman. O verso "Os bombeiros tão aonde, isto vai pegar fogo" reforça o clima de festa, usando a metáfora do incêndio para mostrar como a energia do grupo contagia o público.

A letra traz várias referências à cultura angolana, como em "Eu sou ngombo, bakongo do makela do zombo", onde Yannick destaca suas origens e valoriza suas raízes. Ele também deixa claro seu propósito artístico ao afirmar: "Não vim pra competir, só vim mostrar o meu trabalho", mostrando que sua intenção é compartilhar sua arte sem rivalidade. A música ainda faz críticas à falta de autenticidade no meio artístico, como em "Se ser honesto é crime, aí eu já não sei / Muitos dizem ser, mas no fundo são peidei", ironizando a hipocrisia de outros artistas. Com um tom descontraído e direto, aliado a um ritmo envolvente, "1, 2, 3" se destaca como um hino de autoestima, autenticidade e valorização da cultura hip-hop angolana.