
Balada Do Outono
Zeca Afonso
Despedida e renovação em "Balada Do Outono" de Zeca Afonso
Em "Balada Do Outono", Zeca Afonso expressa um momento de transição pessoal e artística, marcado pela repetição do verso “Águas das fontes calai, ó ribeiras chorai, que eu não volto a cantar”. Esse trecho revela não só uma despedida da música, mas também um lamento diante das mudanças em sua vida. Lançada em 1960, a canção reflete o período em que Zeca deixa o fado de Coimbra para se dedicar à balada, simbolizando uma ruptura com tradições e a busca por novos caminhos.
A melancolia da letra aparece em versos como “Meu sono vazio / Não vão acordar” e “Deixem meus olhos secar”, transmitindo sentimentos de perda e resignação. A metáfora das águas, presente ao longo da música, reforça a ideia de passagem do tempo e de destinos inevitáveis, com os rios que “vão dar ao mar” representando a dissolução de antigas certezas. O pedido para que as fontes se calem e as ribeiras chorem pode ser entendido como um apelo ao silêncio diante da dor e também como reconhecimento da tristeza coletiva que acompanha grandes mudanças.
Décadas depois, Zeca Afonso regravou a canção em homenagem a pessoas importantes de sua vida, destacando o respeito e a memória pelos mestres e experiências que o formaram. O acorde final, igual ao inicial, sugere que, mesmo com o tom de despedida, as emoções e a música seguem em um ciclo contínuo, sem um fim definitivo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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