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    Tradição e afeto lisboeta em “Quentes e Boas”

    A música “Quentes e Boas”, de António Mello Corrêa, retrata o cotidiano de um vendedor de castanhas assadas em Lisboa, transformando sua rotina em símbolo de resistência, tradição e afeto. O trecho “Um carrinho já usado / Empurro numa ladeira / Chego ao cimo já cansado / Ganho o pão desta maneira” evidencia o esforço físico e a dignidade do trabalho, ao mesmo tempo em que conecta o personagem à paisagem urbana e à vida da cidade. O contexto da tradição de São Martinho, presente na letra, ressalta a importância cultural do consumo de castanhas e vinho novo nessa época, mostrando como práticas simples mantêm vivas as raízes e a identidade local.

    A expressão “quentes e boas”, além de ser o pregão típico dos vendedores, ganha na música um significado ampliado. Ela passa a qualificar não só as castanhas, mas também notícias, bondades e saudades, como nos versos: “Quentes e boas / São as notícias da cidade, para ler / Quentes e boas / São as bondades que eu trago p'ra oferecer / Quentes e boas / São as saudades que eu tenho de te ver”. Essa repetição cria uma atmosfera acolhedora, sugerindo que o calor das castanhas se estende ao calor humano, à generosidade e à memória afetiva. O cheiro do fogareiro e a referência à esquina “de ver o mar” reforçam a ligação entre o vendedor, a cidade e seus habitantes, tornando a canção uma homenagem às pequenas tradições que aquecem o cotidiano lisboeta.

    O significado desta letra foi gerado automaticamente.


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