
A Necessidade
Bezerra da Silva
Humor e crítica social em "A Necessidade" de Bezerra da Silva
Em "A Necessidade", Bezerra da Silva utiliza o humor para abordar um tema sério: como as pessoas mudam de atitude diante das dificuldades. A letra conta a história de uma mulher que, antes orgulhosa, procura o protagonista por causa da necessidade. Esse enredo reflete situações comuns nas comunidades marginalizadas e serve como crítica à hipocrisia e às reviravoltas provocadas pela desigualdade social. O refrão repetido – “Você era orgulhosa, mas a necessidade acabou com a sua prosa” – evidencia como o orgulho pode ser deixado de lado quando a sobrevivência se impõe, algo muito presente na realidade das favelas, contexto que a música faz questão de destacar.
Bezerra também se coloca como um malandro experiente, usando a ironia para falar de suas conquistas: “Tenho sessenta mulheres, cinquenta andando a pé, nove me perturbando e uma em casa de fé”. Essa contagem exagerada é típica do samba de partido alto, celebrando a malandragem e a fanfarronice, mas também mostrando que todos estão sujeitos às voltas da vida. O trecho em que ele brinca com sua própria saúde – “Se você tá hepático, todo esquelético, todo raquítico cheio de cosmético e paralítico, 'coro' hipotético” – reforça o tom de deboche e autocrítica, mostrando que até o malandro mais famoso enfrenta dificuldades. Assim, "A Necessidade" é um retrato direto e bem-humorado das relações humanas sob pressão, com a crítica social característica de Bezerra da Silva.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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