
Overdose de Cocada
Bezerra da Silva
Racismo e convivência em “Overdose de Cocada” de Bezerra da Silva
Em “Overdose de Cocada”, Bezerra da Silva utiliza o cenário do vendedor de doces para abordar questões raciais e sociais com humor e crítica. Ao mencionar as cocadas “da preta e da branca” e afirmar “tem preto que come da branca, tem branco que come da preta”, ele brinca com a ideia de mistura entre raças, mostrando que, no dia a dia, as relações e preferências se cruzam naturalmente. No entanto, ao dizer “só não vale misturar, vai numa de cada vez, não misture o paladar”, Bezerra ironiza a segregação e os preconceitos, sugerindo que a sociedade impõe barreiras artificiais à convivência, mesmo quando a realidade mostra o contrário.
A expressão “overdose de cocada” serve como uma metáfora exagerada para o medo de misturar diferenças, criticando de forma sutil a hipocrisia em torno da diversidade. O episódio em que o delegado investiga o sucesso das cocadas, mas desiste após experimentar o doce, simboliza como as autoridades, muitas vezes, se preocupam com o que é popular nas periferias, mas acabam se rendendo ao prazer simples e universal, deixando de lado o preconceito. Com seu estilo descontraído, Bezerra transforma o samba em uma ferramenta de reflexão social, usando o humor e a malandragem para expor as contradições do racismo e da exclusão.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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