
Não é conselho
Bezerra da Silva
Crítica social e resistência em "Não é conselho" de Bezerra da Silva
Em "Não é conselho", Bezerra da Silva faz uma crítica direta ao racismo estrutural e à forma como a elite branca transfere a culpa pelos problemas do Brasil para a população negra. Ao dizer “Mas não foi o preto quem botou o meu Brasil no vermelho”, ele confronta o preconceito que associa a cor da pele à responsabilidade por questões como corrupção e crise econômica. Bezerra destaca que práticas como “mutretagem, mordomia” e privilégios são características de quem está no topo da sociedade, representados pelo “colarinho esperto” e pela “elite vadia”.
A música também utiliza exemplos históricos e religiosos para reforçar sua mensagem. Ao afirmar “foi da boca do branco que saiu o beijo traidor” e “o inventor da bomba... era branco de verdade”, Bezerra associa grandes traições e destruições à figura do branco, contrapondo isso à criminalização do negro. Ele ainda critica expressões racistas do cotidiano, como “quando a coisa não vem bem, eles dizem logo que tá preta”, mostrando como o preconceito está presente até na linguagem. No final, Bezerra sugere o voto nulo como forma de protesto – “vai votar nulo na eleição, que é, de fato, o voto certo” – e faz um alerta ao mencionar a Revolução Francesa: “cuidado com a queda da bastilha”. Assim, a canção convoca o povo à consciência política e à resistência, usando uma linguagem acessível para denunciar injustiças e incentivar a luta por mudanças.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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