Biografia de Chitãozinho e Xororó: a história dos irmãos do sertanejo

Eles formam uma das duplas mais conhecidas e amadas do Brasil. Com certeza, você sabe cantar pelo menos o refrão de um de seus hits. Agora, você vai descobrir todos os detalhes da biografia de Chitãozinho e Xororó.

Os irmãos José e Durval Lima começaram a carreira bem cedo, ainda na infância. Inspirados pelos pais, que também cantavam, eles passaram por muitos desafios, até se tornarem um grande sucesso.

Prova disso são as melhores músicas de Chitãozinho e Xororó, que demonstram o compromisso da dupla em produzir música de qualidade, sem deixar de divertir e emocionar o público. Com letras sobre amores impossíveis e a saudade da vida no campo, muitas pessoas conseguem se identificar com a sua mensagem.

Se você é fã ou simplesmente conhece os principais hits da dupla, não perca a biografia completa de Chitãozinho e Xororó a seguir.

A biografia de Chitãozinho e Xororó, pioneiros da música sertaneja

Chitãozinho e Xororó formam uma das duplas sertanejas de maior destaque no Brasil. Recordistas de vendas de discos – são mais de 40 milhões de cópias vendidas – e vencedores de 5 Grammys, os irmãos continuam a encantar gerações de fãs no país e fora dele.

Chegou a hora de saber tudo sobre a trajetória dos irmãos Lima, com a biografia de Chitãozinho e Xororó.

Os primeiros passos dos Irmãos Lima

José Lima Sobrinho, nome verdadeiro de Chitãozinho, e Durval de Lima, o Xororó, nasceram em Astorga, no interior do Paraná. Chitãozinho é o mais velho, nasceu no dia 5 de maio de 1954 e tem 69 anos. Já Xororó nasceu no dia 30 de setembro de 1957 e tem hoje 66 anos.

Filhos de Seu Mário, um caminhoneiro, e Dona Araci, uma dona de casa, os dois tiveram contato com a música ainda na infância. Seu pai era cantor e compositor e sempre estava criando novas canções, enquanto a mãe também era cantora. 

Quando percebeu o talento musical dos filhos, Seu Mário resolveu incentivá-los a tocar em bares, feiras e eventos da região onde moravam. Eles se apresentavam com o nome de Irmãos Lima.

Apesar de receberem um cachê baixo pelas apresentações, eles já ajudavam nas despesas de casa. Como o casal tinha outros 6 filhos além da dupla, esse dinheiro era muito bem-vindo.

A origem do nome Chitãozinho e Xororó

Entre a infância e a adolescência, os Irmãos Lima se apresentaram na caravana do radialista Geraldo Meirelles. Foi ele, inclusive, que criou o nome que eles adotam até hoje. 

Geraldo Meirelles considerava Irmãos Lima um nome pouco comercial. Então, inspirado na música Chitãozinho e Xororó, lançada em 1939 por Serrinha e Athos Campos, resolveu rebatizar a dupla.

Na letra, os cantores falam que só se alegram quando ouvem os pássaros inhambu-chintã e inhambu-chororó. Chitãozinho recebeu este nome porque a inhambu-chitã é maior. E o inhambu-chororó tem um som mais alto e agudo, como a voz de Xororó.

Os primeiros sucessos no sertanejo

Depois de ganhar experiência na caravana de Geraldo Meirelles, entre apresentações e contatos com outros artistas, Chitãozinho e Xororó resolveram comandar a carreira sozinhos. 

Assim, no final dos anos 60, se mudaram para São Paulo, onde teriam mais oportunidades. A estratégia deu certo e, em 1970, lançaram seu primeiro disco, Galopeira. 

Na mesma década, lançaram outros quatro álbuns, todos muito bem aceitos pelo público. Nas canções, um destaque para a combinação da guitarra elétrica com a viola, tradicional instrumento do sertanejo antigo. 

Com essa inovação, Chitãozinho e Xororó conseguiram conquistar não só o público que já curtia o gênero, mas também outras pessoas. Um exemplo dessa pegada mais moderna é a faixa 60 Dias Apaixonado, que alcançou relativo sucesso em 1979.

Um fio de cabelo no meu paletó…

A partir dos anos 80, a dupla foi conquistando uma legião ainda maior de fãs. Em 1982, a canção Fio de Cabelo foi o primeiro grande marco da carreira de Chitãozinho e Xororó. 

O disco Somos Apaixonados, que contém essa faixa, vendeu mais de 1,5 milhão de cópias. A música foi a responsável por abrir as portas das rádios brasileiras para o sertanejo, principalmente nas capitais. Até então, esse gênero musical era restrito apenas ao interior do Brasil. 

A repercussão foi tão grande que, em 1986, a dupla passou a apresentar o programa Chitãozinho e Xororó Especial, do SBT. E, nesse mesmo ano, foram convidados para o especial de fim de ano do Roberto Carlos na Rede Globo. No show, eles apresentaram, ao lado do Rei, a música De Coração Pra Coração:

Sem falar no estouro de Evidências, lançada em 1990, no disco Cowboy do Asfalto. Até hoje, ela é considerada uma das melhores músicas sertanejas de todos os tempos. 

Reconhecimento dentro e fora do Brasil

De olho na carreira internacional, Chitãozinho e Xororó gravaram, ao lado do Bee Gees, a faixa Words, para o disco Tudo por Amor, de 1993.

Esse trabalho foi lançado em português, inglês e espanhol e conta também com a canção Guadalupe, trilha sonora da novela de mesmo nome, exibida pela emissora Telemundo. 

A repercussão foi tão grande lá fora que a dupla conquistou o primeiro lugar na Hot Latin Songs da Billboard. Até aquele momento, só Roberto Carlos tinha conseguido esse feito. 

Projetos na TV e homenagens

Em 1995, Chitãozinho e Xororó lideraram o projeto Amigos, ao lado das duplas Zezé Di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo. Com o falecimento de Leandro, o projeto ganhou novo nome e formato, com a participação de convidados, no programa Amigos & Amigos.

Em 2000, os irmãos Lima completaram 30 anos de carreira, com um marco de 30 milhões de discos vendidos. 

Entre 2004 e 2005, a dupla apresentou o programa Raízes do Campo, na TV Record. A atração consistia em um grande espetáculo em uma casa de shows e rodas de viola na chácara de Chitãozinho.

No mesmo ano, Chitãozinho e Xororó foram os homenageados da escola de samba X-9 Paulistana, no Carnaval de São Paulo. O samba-enredo Nascidos para cantar e também sambar conquistou o 2º lugar na competição. 

Turnê e DVD de 40 anos

No ano de 2010, ao completarem 40 anos de carreira, Chitãozinho e Xororó lançaram o CD e DVD Chitãozinho & Xororó 40 Anos Nova Geração, com a participação de grandes nomes da música. 

Alguns dos artistas convidados foram: Jorge & Mateus, João Bosco & Vinícius, Guilherme & Santiago, representando o sertanejo universitário. Além de Rionegro & Solimões, Milionário & José Rico, Edson Cadorini, Zezé Di Camargo & Luciano, Cezar & Paulinho, e muitos outros. 

A turnê desse trabalho rodou os quatro cantos do país, com uma verdadeira viagem no tempo da carreira de Chitãozinho e Xororó.

Vida pessoal de Chitãozinho e Xororó

Chitãozinho foi casado por 18 anos com Adenair Lima, com quem teve 2 filhos, Aline e Alison. Após a separação com Adenair, ele se casou com Márcia Alves, ex-dançarina do Banana Split. Com ela, teve um filho, Enrico.

Xororó é casado desde 1981 com Noely Pereira, com quem teve 2 filhos, os também cantores e músicos Sandy e Júnior.

Influências e legado da biografia de Chitãozinho e Xororó

É inegável a importância da biografia de Chitãozinho e Xororó para o sertanejo brasileiro. Mas outros gêneros musicais também receberam influências da dupla.

Nos anos 80, Chitãozinho e Xororó foram os pioneiros a levar a música sertaneja para outros meios, muito além das fronteiras do campo. Além disso, a dupla também modernizou esse estilo, com a introdução da guitarra elétrica e do banjo em suas canções.

E eles também são os reis do karaokê no Brasil. Em 2017, a Karaoke World Championships Brasil fez uma pesquisa e concluiu que Evidências era a faixa mais executada pelos karaokês do país. 

Diversos artistas e críticos musicais reconhecem o impacto de Chitãozinho e Xororó para a música e para a cultura brasileira. Muitos deles, inclusive, citam os músicos como grandes inspirações para seus trabalhos. 

Relembre 10 duplas antigas do sertanejo raiz

Com mais de 50 anos de carreira, a biografia de Chitãozinho e Xororó marcou a história da música sertaneja no Brasil. 

Além deles, outros músicos também marcaram esse gênero ao longo dos anos. Pensando nisso, não deixe de conferir a nossa seleção com 10 duplas antigas para relembrar o sertanejo raiz. 

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