Conheça a biografia de Marisa Monte, cantora ícone da MPB

Mergulhar na biografia de Marisa Monte é ir ao encontro de uma das vozes mais importantes e únicas da música brasileira. Aos 56 anos, a cantora carioca é um verdadeiro ícone da MPB, conhecida pela voz inconfundível e com alta capacidade de nos acalmar, tamanha delicadeza.

Além de grande cantora, Marisa é compositora, multi-instrumentista e produtora musical. Estima-se que seus álbuns já venderam mais de 10 milhões de cópias ao longo de sua carreira.

Com uma trajetória de muito prestígio, Marisa Monte acumula prêmios nacionais e internacionais, tendo vencido cinco vezes o Grammy Latino — inclusive de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro, com seu trabalho Memórias, Crônicas e Declarações de Amor.

Quer saber mais sobre a história de uma das maiores artistas do Brasil? Vem que a gente te conta tudo a seguir!

Marisa Monte: a biografia da voz inconfundível da MPB

Uma das cantoras brasileiras mais respeitadas da história da música, Marisa de Azevedo Monte nasceu no Rio de Janeiro, em 1 de julho de 1967. 

Dizem que os estímulos que recebemos na infância são determinantes para definir a nossa história, e no caso da biografia de Marisa Monte, essa ideia faz todo sentido. Seu pai, Carlos Monte, embora seja engenheiro, sempre foi um apaixonado por música e principalmente pelo carnaval carioca.

O pai de Marisa fez parte da diretoria cultural da Portela, ambiente que a cantora frequentou muito, e na quadra da escola, recebeu suas primeiras influências musicais. Aos 9 anos, foi presenteada com uma bateria, e aos 14, iniciou seus estudos de canto e teoria musical.

Todas essas experiências ajudaram a moldar o estilo de Marisa, assim como suas primeiras influências: Billie Holiday, Maria Callas e Carmen Miranda.

Início da carreira de Marisa Monte

Em 1983, o músico e um dos fundadores do movimento Bossa Nova, Roberto Menescal, ouviu uma fita com gravações de jovens talentos e se interessou por Marisa Monte. Na época, ele era diretor artístico da gravadora PolyGram e fez um convite para que ela gravasse um disco.

A jovem acabou recusando a proposta, pois ainda não se sentia preparada. Até que, em 1985, ela grava oficialmente sua primeira canção: Sábado à Noite, composição de Sérgio Sá para o filme Tropclip.

Com o intuito de se aprofundar no canto lírico, Marisa abandonou o curso na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e se mudou para a Itália, aos 18 anos.

Sua estadia em Roma durou aproximadamente 10 meses e, nesse período, estudou belcanto enquanto fazia suas primeiras apresentações em bares, interpretando canções brasileiras.

Até que, em uma noite, o produtor musical Nelson Motta estava presente em um dos shows de Marisa. Começava ali uma parceria importante, tanto que Nelson dirigiu os primeiros shows da artista quando ela voltou para o Rio de Janeiro, em 1987.

No mesmo ano, em setembro, Marisa fez um show no Jazzmania, no Rio de Janeiro, que abriu portas para que sua carreira decolasse. Sua apresentação teve grande repercussão e seu nome se destacou como a nova sensação da MPB. 

O lançamento do primeiro disco 

Em 1989, Marisa Monte lança seu primeiro disco, gravado a partir de um especial para a antiga TV Manchete. Lançado nos formatos VHS e LP, ganhou o nome a partir das iniciais da cantora, MM. 

Com mistura de jazz, samba, blues, soul, bossa nova, rock e black music, o primeiro trabalho de Marisa Monte continha um dos maiores sucessos de sua carreira, a música Bem Que Se Quis. 

A canção é uma versão do produtor Nelson Motta para E Po’ Che Fa, do compositor italiano Pino Daniele. Para ilustrar com um termo moderno, Bem Que Se Quis viralizou nas rádios e entrou para a trilha sonora da novela O Salvador da Pátria.

MM conseguiu grandes êxitos, tendo em vista que foi o primeiro trabalho de uma cantora estreante: mais de 500 mil cópias foram vendidas e ainda conquistou a posição #62 na lista dos 100 Melhores Discos Da Música Brasileira, feita pela revista Rolling Stone Brasil.

As primeiras parcerias musicais 

Como o primeiro disco foi um registro de canções que Marisa Monte gostava, a cantora queria imprimir mais da sua personalidade em seu segundo trabalho, que seria o primeiro gravado em estúdio. 

Mais, lançado em 1991, marcou as primeiras parcerias de Marisa Monte com Arnaldo Antunes e Nando Reis. Segundo a cantora, o título do disco simbolizava o que ela havia somado e enriquecido até então enquanto artista em busca da autenticidade. 

A proposta era se distanciar de canções do seu gosto pessoal e entregar algo mais intrínseco, com composições novas criadas por artistas como Branco Mello, Nando Reis, Arnaldo Antunes e ela própria — como fez em Eu Sei (Na Mira), que assina sozinha.

Em seu segundo disco, Marisa emplacou mais um hit simbólico de sua trajetória: a música Beija Eu, composta em parceria com Arnaldo Antunes e Arto Lindsay.

Diversidade musical 

A partir dos anos 90, a biografia de Marisa Monte ganha novas nuances e a artista se consolida no mercado. Após o lançamento do disco Mais, a cantora realizou uma impressionante turnê com 250 shows em um ano e meio. 

A diversidade de gêneros e as parcerias se tornaram características essenciais em seu trabalho. Em 1994, lançou seu terceiro álbum, considerado um dos mais importantes da sua discografia, Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão.

Com muita MPB, samba e pop, o álbum apresentou a diversidade musical de Marisa Monte em sucessos como Segue o Seco, Dança da Solidão, Na Estrada e De Mais Ninguém, entre outros.

Gravado no Rio e em Nova Iorque, Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão contou com as participações da Velha Guarda da Portela, Gilberto Gil e Laurie Anderson, além de composições assinadas por Nando Reis, Carlinhos Brown, Paulinho da Viola e Jorge Ben Jor.

Com mais de um milhão de cópias vendidas, o álbum entrou para a lista dos 100 Melhores Discos Da Música Brasileira.

Na sequência, em 1996, a cantora lançou o álbum duplo Barulhinho Bom, Uma Viagem Musical, que misturou algumas canções inéditas com partes do show Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão, no Rio de Janeiro.

Memórias, Crônicas e Declarações de Amor

Outro álbum essencial na carreira de Marisa Monte foi Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, lançado em 2000. 

Com canções que refletiam o amor, tema de profundo interesse humano, o disco se tornou um grande sucesso e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. 

O hit Amor I Love You foi a música mais tocada nas rádios naquele ano e acabou vencendo o MTV Video Music Brasil 2000 na categoria Melhor Videoclipe de MPB.

Além de Amor I Love You, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor apresentou outros grandes sucessos, como Não Vá Embora, Não É Fácil, Gentileza e O Que Me Importa.

Tribalistas 

Da amizade e da parceria ao longo de sua carreira com os músicos Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, surgiu o projeto Tribalistas. Lançado em 2002, o álbum marcou a reunião do trio que acabou se tornando um supergrupo brasileiro de MPB.

Muito bem recebidos entre os fãs dos artistas e da crítica especializada, os Tribalistas tiveram um forte impacto na carreira de Marisa.

Logo, o trio emplacou com as músicas Já Sei Namorar, Passe em Casa e Velha Infância. Tribalistas venceu o Grammy Latino 2003 de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro.

Uma das maiores cantoras de todos os tempos

O legado e a influência de Marisa Monte na música brasileira são indiscutíveis. Ela conquistou reconhecimento internacional, realizando diversas turnês mundiais e foi eleita a 11° maior cantora brasileira pela Rolling Stone Brasil.  

A habilidade em transitar entre diferentes gêneros musicais faz da cantora uma grande influência para as novas gerações de artistas. Uma figura icônica da MPB, que seguirá nos encantando com seu talento e estilo único. 

As melhores frases de Marisa Monte

Depois de conhecer um pouco mais sobre a biografia de Marisa Monte, não deixe de conferir uma seleção com as melhores frases de um dos maiores talentos da MPB!

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