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Polêmicas do k-pop: entenda 7 escândalos envolvendo idols

#kpoppers · Por Karoline Póss

4 de Setembro de 2022, às 19:00

Artistas do mundo todo encaram os prós e contras da fama, com paparazzis sempre a postos para descobrir e vazar os maiores podres que chocam os fãs. 

No k-pop não é diferente, com casos de chantagem, abuso sexual e até mesmo prostituição que ganharam manchetes na imprensa global.

No entanto, características da indústria musical coreana como proibições de namoro e machismo do público fazem com que algumas polêmicas do k-pop pareçam absurdos para fãs ocidentais. 

Polêmicas do k-pop: 7 casos que marcaram

De idols que foram cancelados por motivos fúteis aos maiores absurdos do k-pop, relembre e entenda alguns dos principais casos. 

Cancelada por ser feminista

Irene, do Red Velvet, é uma das idols mais populares do k-pop desde sua estreia, em 2014. Conhecida por sua beleza estonteante que lhe rendeu o apelido de “original visual”, a idol foi vítima do machismo da indústria em 2018. 

Kim Ji Young, Nascida em 1982

Na época, a cantora contou que estava lendo o livro Kim Ji Young, Nascida em 1982, best-seller coreano que foi criticado por grupos conservadores do país por retratar os impactos da desigualdade de gênero na vida das mulheres, descrito por eles como um “manual feminista”. 

Com a suposição de que Irene era feminista, vários fãs do Red Velvet anunciaram sua saída do fandom, expondo em suas redes sociais vídeos de álbuns quebrados, além de queimarem e rasgarem photocards de Irene como demonstração de sua desaprovação aos posicionamentos políticos da idol. 

Foto de Irene rasgada por fã
Créditos: Divulgação

Irene nunca se pronunciou sobre o caso, mas a tentativa de boicote não funcionou, impulsionando a venda dos livros. A obra ganhou ainda uma adaptação em live-action em 2019 com a atriz Jung Yumi, que também recebeu ataques machistas por ter aceitado o papel.

Proibido amar

HyunA e Dawn namoram desde 2016, mas apenas em 2018 revelaram ao público seu relacionamento. Embora os fãs tenham lidado com a novidade de forma positiva, a agência dos artistas não foi nada amigável. 

Na época, ambos faziam parte da Cube Entertainment e a agência tentou negar o relacionamento dos dois, mas os artistas revelaram pessoalmente que estavam namorando e, em seguida, tiveram seus contratos encerrados pela Cube, alegando que eles haviam quebrado a cláusula de proibição de namoro. 

Ambos foram posteriormente contratados pela P Nation e até chegaram a lançar músicas juntos, expondo seu amor sem medo.

Coreografia polêmica 

O grupo de k-pop OnlyOneOf estreou em 2019 sem chamar grande atenção, mas seu comeback com a música libidO, em 2021, levou-o aos holofotes pelos motivos errados. 

A performance ao vivo dos artistas no programa M!Countdown repercutiu mundialmente pela coreografia sexual, no qual os integrantes tocam as partes íntimas um do outro. 

O comeback explícito deu popularidade ao grupo, e os integrantes se defenderam alegando que buscaram apenas representar os instintos humanos e esperam que o público possa apreciar sua arte.  

Meu Pé de Laranja Lima

IU é um dos maiores nomes do k-pop e, embora seja uma das artistas mais queridas do país, também não está isenta de polêmicas.

Seu álbum CHAT-SHIRE (2015) trouxe a faixa Zezé, inspirada no livro Meu Pé de Laranja Lima, do autor brasileiro José Mauro de Vasconcelos. No entanto, a letra foi acusada de apologia à pedofilia:

Zeze, corra e venha para cima da árvore

Coloque seus lábios nas folhas

Não fique brincando

Você não pode ferir as árvores, você não pode

Zeze, corra e venha para cima da árvore

Pegue a folha mais jovem daqui

Arranque a flor mais gentil daqui, arranque-a

Suba em mim

Suba em mim

Após as polêmicas, a cantora e compositora de k-pop assumiu responsabilidade pelas interpretações de sua música, mas negou que essa tenha sido sua intenção: 

Juro que não escrevi a letra sexualizando um menino de cinco anos. O Zezé que você sente na letra é apenas um terceiro que enfatiza o motivo do romance. No entanto, eu vim a saber que muitas pessoas ouviram minha música e ficaram ofendidas e marcadas por minhas letras. Isso é minha culpa como compositora amadora.

Chantagem e assédio 

Em 2015, a integrante Kim Da Hee do grupo de k-pop GLAM foi sentenciada a um ano de prisão por, ao lado da modelo Lee Ji Yeon, chantagear o ator Lee Byung Hun.

Na época, o ator reportou à polícia que as duas mulheres estavam usando um vídeo para chantageá-lo, pedindo mais 5 bilhões de wons para não vazar o material que mostrava ele, recém casado e alcoolizado, tentando se aproximar da modelo.

Kim Da Hee, Lee Ji Yeon, e Lee Byung Hun
Créditos: Divulgação

Como o vídeo foi gravado propositalmente e usado para ameaçá-lo, a modelo e a idol foram condenadas, mas a justiça deu uma sentença pequena a elas por não terem antecedentes criminais e pelo ator também ter manifestado interesse por elas ao longo das conversas, apesar da grande diferença de idade.

Acusação de colorismo 

Racismo é um assunto muito sério na Coreia do Sul.

Historicamente, pessoas com pele escura são tratadas como inferiores, remetendo aos períodos imperiais quando a plebe tinha pele mais escura devido ao trabalho sob o sol, enquanto a elite vivia na sombra e, portanto, tinham a pele clara. 

Jessi
Créditos: Divulgação

No entanto, mesmo em tempos atuais é visto como o tom de pele ainda é levado em consideração. Idols como Hwasa, Kai e RM possuem um tom de pele mais escuro que nem sempre foram elogiados pelo público local.

Empresas e emissoras também forçam filtros clareadores em fotos e vídeos de idols, tais como maquiagens exageradas, deixando suas peles ainda mais claras para entrar nos padrões de beleza coreanos. 

Após um episódio do Showterview com o Twice, a rapper Jessi foi criticada por fãs de Tzuyu e acusada de racismo/colorismo por um comentário feito ao tom de pele da idol taiwanesa

Na entrevista, Jessi perguntou se Tzuyu já tentou esfregar sua pele bem forte, afirmando que ela própria já havia se esfregado tanto que sua pele “ficou como um leite”, sugerindo que a pele mais escura da cantora poderia ser sujeira.

Posteriormente, a equipe de Jessi tentou defender a apresentadora alegando que o termo “Ttaemiri”, esfregar, foi mal traduzido e que não passava de um erro linguístico, mas o público não comprou a desculpa.

Escândalo do Burning Sun 

Conhecido como o maior escândalo sexual do k-pop, o caso do clube Burning Sun foi amplamente noticiado pela imprensa global por denúncias de abuso sexual, chats de prostituição e compartilhamento de vídeos pornográficos. 

Polêmicas do k-pop: Burning Sun
Créditos: Divulgação

Seungri, então integrante do BIGBANG, foi o principal investigado por ser o diretor executivo da boate. Em meio às acusações, o idol deixou o grupo e anunciou o fim de sua carreira no entretenimento.

Ele foi condenado como mediador de favores sexuais para investidores estrangeiros e, em agosto de 2021, foi sentenciado a 3 anos de prisão e multa de 5 bilhões de wons. Posteriormente, sua sentença foi reduzida e Seungri será liberado em fevereiro de 2023.

Os idols Jonghoon (FT Island), Junhyung (Highlight) e Jonghyun (CNBlue) também estiveram envolvidos no caso, pois faziam parte do chat onde eram compartilhados os vídeos ilegais.

O cantor Jung Joon Young, conhecido como JJY, também foi preso após assumir a culpa por todos os crimes pelos quais foi acusado. 

Por que os Idols não podem namorar?

Um dos assuntos que sempre gera polêmicas no k-pop é o namoro entre idols.  Mas por que?

As empresas de k-pop, ao contratarem um artista, colocam em seus contratos regras de proibição de namoro. Algumas exigem que isso seja cumprido apenas nos primeiros anos de atividade, enquanto outras são mais severas e banem completamente os relacionamentos amorosos. 

Dentre os motivos descritos pelas empresas, o principal argumento é que namoros podem tirar o foco dos idols, distraindo-os de seus objetivos de fazerem sucesso. No entanto, essa cláusula no contrato também visa evitar danos financeiros às empresas. 

Isso porque no k-pop, e na indústria idol como um todo, os artistas são criados para terem uma imagem atrativa para os fãs, como se estivessem sempre disponíveis ao público, fazendo tudo por eles em uma devoção eterna. 

Devido a essa característica da indústria idol, muitos fãs se sentem como donos de seus artistas. Grande parte dos fãs masculinos da Coreia e Japão, especialmente, tendem a deixar de apoiar suas cantoras preferidas quando elas são vistas com outros homens ou anunciam um relacionamento amoroso. 

Vários idols namoram escondido para evitar problemas com suas empresas e com o público. No entanto, a imprensa se aproveita disso para vazar qualquer informação que possa indicar um envolvimento romântico. 

A Dispatch é a principal responsável pelo vazamento de informações de namoros, e todo dia 01 de janeiro realiza seu evento de começar o ano com revelações. Casais como Yoona e Lee Seunggi, Junsu e Hani, Jennie e Kai e Heechul e Momo foram vítimas das lentes da Dispatch ao longo dos anos.  

No entanto, casos mais recentes mostram que a visão do público parece estar mudando, e cada vez mais idols se sentem à vontade para falar sobre suas vidas pessoais com os fãs. 

Idols que namoram

Depois de conhecer as polêmicas do k-pop, quer saber quais são os maiores pombinhos da música coreana? Conheça alguns dos casais da história do k-pop!

Casais do k-pop