17 de Setembro de 2020, às 19:00
É inegável que o Brasil é o país do samba, estilo que faz parte do nosso patrimônio cultural.
A história do nosso país se confunde com a história do samba, conhecido pela alegria e misturas de ritmos africanos com o swing baiano.
Muitas pessoas foram fundamentais para tornar o samba ainda mais grandioso. Os sambistas antigos, como Cartola, Pixinguinha, Noel Rosa, Beth Carvalho, entre tantos outros, contribuíram para que o gênero saísse da marginalização e conquistasse o lugar merecido enquanto cultura e identidade de um povo.
Hoje, o samba brilha na apoteose, mas no passado, sambistas chegaram a ser perseguido na década de 20 e é graças a esses artistas que temos o privilégio de poder batucar, cantar e dançar sem receio. Só ficou a alegria!
Confira a seguir a nossa homenagem a alguns dos grandes sambistas antigos que mudaram a história:
Artistas merecem seu lugar de destaque na história do samba, pois foi graças ao talento dessas pessoas que o gênero alcançou reconhecimento mundial!
Para a nossa sorte, há muitos sambistas importantes e decidimos relembrar alguns deles a seguir 😍
Nascido em 1897 no Rio de Janeiro, Pixinguinha compôs a sua primeira música aos 13 anos e aos 15 já fazia parte da orquestra do Teatro Rio Branco. Grande talento da música, foi maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador.
Falecido em 1973, Pixinguinha é apontado como um dos maiores destaques da música brasileira, tendo misturado estilos como o maxixe, o choro, o samba e a valsa. Suas composições não ficaram restritas ao Brasil, o músico chegou a se apresentar em Paris e na Argentina.
Carinhoso é uma de suas canções mais famosas, composta em 1916 e chegou a ser interpretada por grandes cantores, como Marisa Monte e Paulinho da Viola.
Ela representa a força feminina no samba, considerada uma das maiores sambistas. Beth Carvalho nasceu em 1946, no Rio de Janeiro, e desde cedo recebeu a influência musical de sua família.
Em 1968, Beth ficou em 3º lugar no Festival Internacional da Canção (FIC), com o sucesso Andança, música responsável por fazer a cantora ficar conhecida em todo o Brasil.
Entre as décadas de 60 e 70, ela participou de diversos festivais de música e chegou a se apresentar com grandes sambistas, como Nelson Sargento e Noca da Portela.
Falecida em 2019 por conta de uma infecção generalizada, a sambista deixou um legado de respeito, com sucessos inesquecíveis, como Saco de Feijão, Olho Por Olho, Coisinha do Pai, Firme e Forte, Vou Festejar, entre outros.
Um dos principais nomes por trás do samba, Cartola nasceu no Rio de Janeiro em 1908, na Zona Sul, e depois se mudou para o Morro da Mangueira.
Angenor de Oliveira, o Cartola, conheceu as tradicionais rodas de samba do Morro da Mangueira e foi fisgado pelo batuque.
Com o pai, aprendeu a tocar violão e cavaquinho e costumava utilizar um chapéu dando, assim, origem ao apelido. Junto com outros sambistas fundou, em 1928, a Estação Primeira de Mangueira.
Entre os seus principais sucessos estão Preciso Me Encontrar, Rosas Não Falam e O Mundo É Um Moinho.
Nascida em São Luís, Maranhão, Alcione Dias Nazareth, conhecida carinhosamente como Marrom, é mais uma grande mulher por trás do samba.
Iniciou sua trajetória musical na década no final dos anos 60, quando passou a cantar na televisão, em bares e em casas noturnas do Maranhão.
Em 1972, Alcione decidiu mudar para o Rio de Janeiro, efervescência do samba. Gravou seu primeiro álbum em 1975, A Voz do Samba, que trazia o sucesso Não Deixe O Samba Morrer.
A música ficou por impressionantes 22 semanas em primeiro lugar nas paradas de sucesso!
Comprovando que o Rio de Janeiro é palco para os grandes sambistas antigos, vem de lá também a nossa grande Elizeth Cardoso. Nascida em 1920, a cantora ficou conhecida pelo apelido de A Divina.
Cantava samba, choro e bossa nova. Muito determinada, mesmo contra a vontade de seu pai, ela seguiu no sonho de viver de música e fez a sua primeira apresentação em 1936 no Programa Suburbano.
A apresentação foi um sucesso e Elizeth foi contratada para fazer um programa de rádio e, a partir daí, lançou diversas canções.
São dela os sucessos: Eu Bebo Sim, Canção de Amor, Barracão, entre outros.
Noel Rosa deixou uma contribuição inestimável para o samba. Nasceu em 1910, no Rio de Janeiro, e ficou conhecido por fazer uma ponte entre o samba do morro e do asfalto.
Através do rádio, principal meio de comunicação na época, Noel fez o gênero ultrapassar barreiras.
Seu primeiro disco, Noel Rosa e Sua Turma da Vila, foi lançado em 1968. Em suas composições, costuma imprimir o seu olhar diante do cotidiano, através de um samba repleto de bom humor.
Além de grande compositor, Noel tocava bandolim e violão. Morreu em 1937, com apenas 26 anos por conta de uma tuberculose. Entre suas principais canções, destaque para Com Que Roupa?, Conversa de Botequim, Último Desejo, Gago Apaixonado e Fita Amarela.
Todo brasileiro, amante do samba ou não, conhece os sucessos Trem Das Onze e Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa.
Nascido em Campinas em 1910, o sambista Adoniran Barbosa foi também ator e humorista, mas era na música mesmo que ele se sentia em casa.
Seu nome verdadeiro era João Rubinato e, antes de se tornar sambista, foi entregador de marmitas para ajudar a sustentar a grande família de 7 irmãos.
Como a maioria dos compositores vinham do Rio de Janeiro, Adoniran ficou conhecido como o pai do samba paulista.
Uma das maiores intérpretes do país, Clara Nunes é considerada a nona maior voz brasileira pela Rolling Stone.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1942, deu os primeiros passos na música ao se apresentar em rádios, televisão, escolas de samba e clubes cariocas.
Antes de se dedicar com mais afinco ao samba, costumava interpretar boleros e se tornou uma das cantoras que mais gravou músicas dos compositores da Portela.
Clara foi a primeira artista do Brasil a conquistar a impressionante marca de mais de cem mil discos vendidos.
Juízo Final, música de Nelson Cavaquinho e Elcio Soares, é um dos maiores sucessos na voz de clara.
Nascido em Recife, o grande Bezerra da Silva foi um dos grandes compositores do samba, responsável por colocar em versos as questões sociais, dando voz à população que não era vista pelo sistema.
Em 1975, Bezerra gravou seu primeiro disco e, mesmo sendo um importante talento da música, que sabia ler partituras, tocar surdo e instrumentos de percussão, não chegou a receber na época o reconhecimento merecido, sendo muitas vezes ignorado pela grande mídia.
Foi preso pela polícia algumas vezes, chegou a viver como morador de rua, mas conseguiu se reinventar na vida de sambista. São dele os sucessos Malandragem Dá Um Tempo, Pega Eu, Malandro Demais Vira Bicho, entre outros.
João Nogueira nasceu em 1941, no Rio de Janeiro, ficou conhecido por conta do seu estilo diferente de fazer samba.
Aos 15 anos começou a criar suas primeiras composições e fez sambas para o bloco carnavalesco do Rio.
Foi na década de 70, ao lançar a música Das 200 Pra Lá, que João Nogueira ficou conhecido. Ao lado de Alcione, Martinho da Vila e Beth Carvalho, fundou, em 1979, o Clube do Samba, que inicialmente acontecia em sua própria casa, e mais tarde se transformou em bloco.
João Nogueira faleceu em 2000, é pai de Diogo Nogueira e, através de suas músicas, falava sobre a boemia, a malandragem e o cotidiano dos cariocas.
Depois de conhecer um pouco sobre os maiores sambistas antigos, que tal arrastar o sofá pro canto e dançar com essa playlist que reúne o melhor do samba das antigas?
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