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Rotina

Emicida

LetraSignificado

    Os bico pensa se fala de rua, de festa, eu só escrevo
    Toda madruga, enquanto o Sol e a Lua revezam, eu devo
    Cumprir meu rito esquisito, ligo a TV no mute
    Volto pra MP, fico plugando certos inputs
    Putz! Eu boto um chá de ontem para esquentar
    Escuto disco por disco, os vinil que o tio faz desconto
    Volto os que curto, sem risco: Pô, vai dar pra samplear! (Se marcar)
    Antes das 5, mais um rap tá pronto
    Minhas rimas falam de um tudo que nasceu de algum nada
    Junto à risada no buso, voltando de alguma balada
    Fico de canto, mudo, com a mente concentrada
    Esboço um sorriso puto, mas não desvio o rosto da calçada
    O sereno escorre no vidro brilhando, né?!
    E o brilho me lembra o olhar da minha mulher
    E aí já vem outros 500 mil pensamentos
    Prevendo pra onde é que vai meus relacionamentos
    Se o sofrimento fi, é tão comum de onde eu venho
    Dá mó medo da distância matar tudo que eu tenho
    Distância amigo, não é vários quilômetros quadrados
    Quantas vezes cê tá distante, mesmo tando do lado
    Solitários e curtos, assim são meus dias
    Enquanto minhas noites são confusas e frias
    O chá ferve na cozinha, porque tô lá com o radinho
    Apertando o play no Cartola, eu odeio sofrer sozinho!

    Ouvindo um beat quietin
    Com o fone no canto, com meus disquetin
    De ritmo tanto eu conto, enquanto penso na rima
    Às vezes dá 7 neguin, e eu não findei a rotina

    Ouvindo um beat quietin
    Com o fone no canto, com meus disquetin
    De ritmo tanto eu conto, enquanto penso na rima
    Às vezes dá 7 neguin, e eu não findei a rotina

    Nem vou findar! Quantas vezes não dá 8, 9, 10?
    Tô lá excomungando os cabo que chia, fode meu jazz
    Por isso eu sou obrigado a fazer uns versos embaçados
    Pros caras nem se ligar que o sample tá todo chiado
    E minha vida é um freestyle num beat que não para há 20 e poucos anos
    Não saio do tempo porque eu tô sempre escutando
    Mais do que fala, o mal-humoradão
    Das palavras em demasia é que nasce a contradição
    Não precisei ler Confúcio, amigo
    Pra saber que não pode ter distância entre o que eu faço e o que eu digo
    Se eu estendi a mão por você, é porque eu morro por você, malandro
    Foda-se o Emicida! Isso a Jacira ensinou pro Leandro
    Bagulho de vida, dessa que cê consome
    Ter sido criado por uma mulher é o que me fez um homem
    Daria um filme, ô se daria
    Cada madruga que atravesso com as minhas agonias
    Acho que às 6 da matina, só eu olho o horizonte
    Dou valor pro nascer do Sol, buscando os versos na fonte
    Os pad pede minha atenção, eu regresso
    E o céu cede inspiração, eu começo
    Pensando nas mulher, nos amigos, na vida, no universo
    Focado, porque isso tudo tem que caber num só verso
    Peço licença ao Cartola, coloco um Adoniran
    Que o galo já tá cantando e de novo é 6 da manhã!

    Ouvindo um beat quietin
    Com o fone no canto, com meus disquetin
    De ritmo tanto eu conto, enquanto penso na rima
    Às vezes dá 7 neguin, e eu não findei a rotina

    Ouvindo um beat quietin
    Com o fone no canto, com meus disquetin
    De ritmo tanto eu conto, enquanto penso na rima
    Às vezes dá 7 neguin, e eu não findei a rotina

    Enviada por Gleidson. Legendado por Yan. Revisões por 2 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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