
Estropício
Itamar Assumpção
Humor ácido e crítica social em "Estropício" de Itamar Assumpção
Em "Estropício", Itamar Assumpção transforma uma situação doméstica caótica em uma sátira judicial, logo nos primeiros versos. A música começa como se fosse uma petição judicial, usando nomes exagerados como Desventura Martírio Calvário da Cruz e Estropício Flagelo Esquizo Lunática Corda de Espinhos. Essa escolha ironiza a formalidade do universo jurídico e evidencia o absurdo da convivência com alguém que, repetidamente, chega em casa em estado deplorável, causando confusão e vergonha. Termos como "separação de corpos como medida cautelar preparatória" e menções a artigos fictícios do código civil reforçam o tom de deboche, ao mesmo tempo em que mostram o cansaço e o desespero do narrador diante do comportamento autodestrutivo da parceira.
A letra detalha cenas como "mexendo o trinco da porta", "chegando torta", "esparramada caída tendo que ser carregada" e "vomitando na calçada", criando um retrato quase tragicômico do cotidiano de quem convive com o descontrole de outra pessoa. O termo "estropício" resume, dentro do contexto da Vanguarda Paulista, a ideia de alguém que traz desordem constante. Ao transformar o drama pessoal em peça jurídica e musical, Itamar Assumpção usa humor ácido para expor as dificuldades das relações marcadas por irresponsabilidade e autossabotagem, além de ironizar as tentativas formais de resolver problemas tão humanos e caóticos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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