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exibições de letras 20

Epifania Ao Mestre Com Carinho

Kadu Mauad

Se eu lhe contar você não vai acreditar
E é tão incrível que nem vai compreender
Fui de um milagre testemunha ocular
Com esses olhos que a terra há de comer
Quando compunha tudo em volta do lugar
Se animara, estranhamente, por magia
Como encantado me peguei a imaginar
O chôro que do nada veio acontecer

Para que o som tivesse a bela e calma luz
Foi feito numa noite clara de luar
Com a voz do vento que compus a melodia
Tocava junto o cavaquinho a solar
E as cordas do meu coração, de leve, pus
No instrumento para me acompanhar
Da sombra do arvoredo exposto à contraluz
Tirei de ouvido as harmonias devagar

Busquei nas águas do riacho a emoção
Para molhar os olhos de quem for ouvir
No pentagrama do universo a estrela-guia
Unia as notas, que eram estrelas a luzir
O astro-rei, que era da clave o guardião
Dava-me a senha para a escuridão se abrir
E logo, involuntariamente, os dedos vão
Sob a luz da razão, fazendo a música fluir

Rompeu-se a aurora
E um cortejo de aves corta em diagonal
Um céu sanguíneo com fiapos de algodão
E a mata escura vira um verde matagal
Junto ao lilás que se dilui na claridão
Sem pressa, a vida volta ao ritmo normal
E em seu lugar se aquieta a poesia
Dorme o poeta, que ressona tão mortal
Sonhando com a epifania de um pagão

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Composição: Kadu Mauad / Walter Pissolato. Essa informação está errada? Nos avise.

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