Amores Imortais

Conexão além do tempo em “Amores Imortais” de Léo Magalhães

“Amores Imortais”, de Léo Magalhães, aborda o amor como um sentimento que ultrapassa o tempo e as vidas, sugerindo uma ligação predestinada entre os protagonistas. O verso “Que noutras vidas eu amei você” destaca a ideia de reencontro de almas, indo além do romantismo tradicional e aproximando-se de uma crença em amores que resistem à passagem do tempo e das existências. Essa perspectiva se diferencia dentro do repertório do artista, que costuma tratar de relações e saudades, mas aqui eleva o sentimento a um nível quase místico.

A letra também explora a saudade e o desejo, como em “Só me perguntando onde você está” e “Amanheceu e ainda não dormi”. O eu lírico sente a ausência do outro de forma intensa, chegando a enxergar a pessoa amada no próprio reflexo: “Olhei no espelho e vi você no meu olhar”. O trecho “Foi Deus quem mandou você até aqui / Justo na hora em que eu ia te procurar” sugere uma intervenção divina, reforçando a ideia de destino e inevitabilidade desse amor. A expressão “só você mas ninguém sabe a senha” funciona como uma metáfora de exclusividade e intimidade, mostrando que apenas essa pessoa tem acesso ao seu coração. Assim, a música mistura nostalgia, paixão e uma crença profunda em amores que atravessam o tempo.