Meu Pai

A força e a admiração pelo pai em “Meu Pai” de Mano Lima

Em “Meu Pai”, Mano Lima utiliza a imagem do pai como "tronqueira", termo típico do universo gaúcho que representa o principal esteio de uma porteira. Essa metáfora reforça o papel do pai como base da família e guardião das tradições. O artista descreve as rugas do pai como "marcas de laço / De tanto pealo que já escorou", conectando a experiência de vida do pai ao trabalho duro no campo e à cultura campeira, mostrando uma trajetória marcada por dedicação e resiliência.

A música transmite admiração e gratidão, apresentando o pai como mentor e melhor amigo, alguém de quem o narrador aprendeu tudo. O verso “Veio das casa' grande' da estância / Mas o seu trono foi o cavalo” ressalta a humildade do pai, que, apesar de ter origem em lugares de prestígio, encontrou sua verdadeira nobreza no trabalho simples e no contato com a terra. A saudade dos amigos que já partiram aparece em contraste com a presença viva do pai, tornando essa relação ainda mais significativa. No final, o narrador reconhece sua própria pequenez diante da grandeza do pai e dedica a canção a ele, numa homenagem sincera e emocionada.