Cavalo Ciumento

Humor e afeto rural em “Cavalo Ciumento” de Mano Walter

Em “Cavalo Ciumento”, Mano Walter transforma o cavalo em um personagem quase humano, atribuindo a ele sentimentos como o ciúme. Isso reforça o vínculo afetivo entre o vaqueiro e seu animal, trazendo leveza e humor à narrativa. Esse tom divertido é típico das festas de vaquejada e da cultura nordestina, que inspiram o artista. No trecho “meu cavalo percebeu que eu fiquei apaixonado / Ele ficou com ciúmes não quis mais correr o gado”, Mano Walter brinca com a ideia de que até o cavalo sente competição pelo carinho do dono, criando uma situação inusitada e engraçada.

A música também valoriza a vaquejada e a vida no campo, temas centrais na trajetória de Mano Walter, que é vaqueiro de verdade. O cenário da festa, a presença da morena “faceira do corpo bem desenhado” e o cavalo alazão compõem um retrato fiel do universo rural nordestino. A metáfora do cavalo ciumento mostra, de forma leve, como as relações no campo são marcadas por afeto, companheirismo e pequenas disputas de atenção. No final, a canção celebra o cotidiano simples e cheio de emoção, conquistando o público com autenticidade e bom humor.