
Vida Sofrida de Boi de Carro
Mano Walter
A crítica social rural em “Vida Sofrida de Boi de Carro”
Em “Vida Sofrida de Boi de Carro”, Mano Walter escolhe narrar a história sob a perspectiva do próprio boi, criando uma crítica social que compara o sofrimento do animal ao dos trabalhadores rurais, especialmente os vaqueiros. O boi descreve o peso do "pranchão pesado", as "furadas de ferrão" e o abandono após anos de trabalho, simbolizando a trajetória de muitos trabalhadores do campo que, depois de uma vida de esforço, acabam esquecidos ou descartados. O verso “Trabalhei para criar os filhos do meu carreiro / Enriquei o fazendeiro e hoje vivo no abandono” reforça essa metáfora, mostrando como tanto o animal quanto o trabalhador só são valorizados enquanto produzem.
A letra também destaca a resignação diante do sofrimento, com trechos como “Mesmo cansado obedecia ao carreiro” e “Mas o carro eu não virava”, evidenciando a falta de escolha e a submissão forçada. O destino final do boi, “Boi velho vai ser churrasco na mesa do meu patrão”, traz um duplo sentido: além de mostrar o fim cruel do animal, sugere a desumanização e o descarte daqueles que já não servem mais ao sistema produtivo. O fato de Mano Walter ser vaqueiro e engenheiro agrícola dá ainda mais autenticidade à narrativa, tornando a canção um retrato fiel das injustiças e do ciclo de exploração na vida rural.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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