Lenha Seca
Matheus Pimentel Nunes
Reflexão sobre ciclos e identidade em "Lenha Seca"
"Lenha Seca", de Matheus Pimentel Nunes, explora como o tempo transforma tanto a matéria quanto a identidade e o propósito das pessoas. A metáfora da lenha seca, que já foi sombra, madeira e divisa, mostra que, assim como a madeira, o ser humano passa por diferentes fases e funções ao longo da vida, sendo moldado pelas experiências e pelo ambiente. O verso “Sou lenha seca, cerne antigo endurecido / Alma silente que, no pago, enraizou!” destaca o enraizamento e a resistência adquirida com o tempo, enquanto “cruzei invernos e vi campos florescidos” aponta para a alternância entre dificuldades e momentos de prosperidade.
O contexto do festival nativista e a origem do compositor em São Borja, região marcada pela tradição gaúcha, ajudam a entender a ambientação rural e o tom nostálgico da letra. A canção reflete sobre o ciclo da vida, mostrando que tudo, até o que já foi essencial, um dia se transforma: “Pois seja terra, seja areia ou mesmo cinza / No fim do jogo, tudo um dia vai ser pó!”. Expressões como “palanque, poste e trama de coxilha” e referências à lida campeira reforçam a ligação com o universo do campo. A imagem da lenha que aquece um rancho solitário simboliza o consolo e a utilidade final de quem já teve muitos papéis. Assim, "Lenha Seca" traz uma reflexão sobre memória, pertencimento e aceitação do fim dos ciclos, valorizando as marcas deixadas pelo tempo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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