
No Tempo do Cativeiro (part. Boca Rica)
Mestre Toni Vargas
Resistência e fé em "No Tempo do Cativeiro" de Mestre Toni Vargas
A música "No Tempo do Cativeiro (part. Boca Rica)", de Mestre Toni Vargas, retrata de forma direta a realidade dos escravizados no Brasil. O refrão repetido, “Trabalha, nego, pra não apanhar”, evidencia a brutalidade do sistema escravista e mostra como o trabalho forçado era uma estratégia de sobrevivência diante da violência constante. Esse trecho revela o medo e a necessidade de adaptação dos escravizados para evitar punições físicas.
A letra também destaca o papel da fé como suporte emocional, especialmente no verso “Eu rezava pra Nossa Senhora / Ai, meu Deus, como a pancada doía”. Aqui, a religiosidade aparece como uma forma de resistência psicológica, ajudando a suportar o sofrimento diário. A referência ao “velho tronco de pau” aponta diretamente para os instrumentos de tortura usados nos castigos, reforçando o tom realista e doloroso da narrativa. No trecho “Quando cheguei na Bahia / A capoeira me libertou”, a música apresenta a capoeira como símbolo de resistência e libertação. Mais do que uma expressão cultural, a capoeira é mostrada como uma ferramenta de luta e dignidade, representando a busca dos escravizados por liberdade. Assim, a canção não só denuncia a violência do passado, mas também valoriza a força e a resiliência daqueles que resistiram.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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