
Só Mais Um Maluco
MV Bill
A crítica social e o orgulho periférico em “Só Mais Um Maluco”
Em “Só Mais Um Maluco”, MV Bill ressignifica o termo "maluco" para desafiar o estigma imposto à população das favelas. Ele transforma o que seria um insulto em símbolo de resistência e consciência, especialmente diante de uma sociedade que insiste em tratar a favela como "hospício" e seus moradores como insanos. No verso “Minha loucura é simples de ser compreendida / Me transformaram em canibal preto suicida”, MV Bill denuncia como o preconceito e a marginalização desumanizam o negro e o pobre, atribuindo-lhes características monstruosas para justificar a opressão e a violência institucional.
A letra também evidencia a hipocrisia das elites e do sistema judicial brasileiro. MV Bill contrasta o tratamento dado aos pobres e negros com o dos "verdadeiros ladrões" de terno e gravata, que “mata[m] milhões de brasileiros só com uma caneta” e seguem impunes. Ele critica a criminalização seletiva e a impunidade dos poderosos, além de ironizar o distanciamento da burguesia e dos intelectuais, que deslegitimam o rap como "coisa de maluco" e ignoram a realidade das periferias. Ao repetir “só mais um maluco”, o artista se coloca como porta-voz dos inconformados, mostrando que sua "loucura" é, na verdade, uma recusa consciente à passividade diante das injustiças. A música se destaca como um manifesto contra a desigualdade, o racismo e a alienação social, consolidando MV Bill como uma voz fundamental da denúncia e do orgulho periférico.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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