
Baladas
Nei Lisboa
Solidão irônica e cotidiano em “Baladas” de Nei Lisboa
Em “Baladas”, Nei Lisboa aborda a solidão de forma irônica e descontraída, fugindo do tom dramático comum ao tema. Logo no início, ele apresenta a solidão como uma presença constante, mas sem lamentações, preferindo um olhar debochado. A referência ao mito de Midas em “Só delírios de outro Midas, lambendo a tua cruz, é ouro que reluz” sugere o desejo de transformar dor ou prazer em algo valioso, mas também ironiza as consequências desse desejo, já que, como na lenda, tudo que vira ouro pode se tornar uma maldição. O verso “não vale a pena pagar um centavo, um retalho de prazer” reforça essa visão desencantada, mostrando que as pequenas satisfações da vida muitas vezes não compensam o preço pago por elas.
A letra mistura melancolia e humor ao retratar a solidão como uma escolha quase confortável, como em “Eu quero morrer bem velhinho, assim, sozinho, ali, bebendo um vinho e olhando a bunda de alguém”. O uso de “mana” e outras expressões coloquiais cria um clima de conversa íntima, aproximando o ouvinte do narrador e tornando o tom mais leve, mesmo diante de temas pesados. As imagens de “garçonetes em Pequim” e “Romanos encharcados de poção” ampliam o sentimento de deslocamento e nostalgia, enquanto a crítica à “bossa amassa o business-show” aponta para a superficialidade do mundo do entretenimento. No final, Nei Lisboa prefere rir da própria solidão e das impermanências da vida, em vez de se entregar ao drama.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Nei Lisboa e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: