Ai, Ai, Como Eu Me Iludo

Humor e autossabotagem em "Ai, Ai, Como Eu Me Iludo"

"Ai, Ai, Como Eu Me Iludo", de O Terno, aborda de forma leve e bem-humorada o hábito de se apaixonar rapidamente, mesmo após várias decepções. A música destaca a autocrítica do eu lírico, que reconhece sua tendência a se iludir, especialmente no refrão: “Ai, ai, como eu me iludo / Dessa vez eu viajei”. Esse lamento revela uma mistura de resignação e ironia diante da dificuldade de aprender com os próprios erros, mostrando como é fácil cair nas mesmas armadilhas emocionais, mesmo quando a razão alerta para os riscos.

A letra evidencia o ciclo repetitivo de expectativas e desilusões, como nos versos “Eu pensei que ia mudar / E que estava bem claro / Depois dos erros e erros da última vez”. Pequenos sinais já bastam para reacender a esperança e até motivar planos precipitados, como “apresentar pros meus pais”. O videoclipe, que mostra um robô com "defeito" por sentir emoções, reforça visualmente essa ideia de falta de controle sobre os sentimentos. A sonoridade retrô e o tom descontraído suavizam o tema da autossabotagem amorosa, tornando a música um retrato sincero e divertido de quem reconhece suas próprias ilusões, mas não consegue evitar repeti-las.