brutal (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)

Juventude e pressão social em “brutal (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)”

Em “brutal (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)”, Olivia Rodrigo aborda de forma direta as inseguranças e frustrações da juventude, contrapondo a ideia de uma adolescência perfeita com a realidade de ansiedade e autocrítica. Logo no início, versos como “I’m so insecure, I think / That I’ll die before I drink” (“Sou tão insegura, acho / Que vou morrer antes de beber”) e “Where’s my fuckin’ teenage dream?” (“Onde está meu maldito sonho adolescente?”) deixam claro o tom confessional e irônico da música. A sonoridade agressiva do alt-rock e pop-punk reforça o sentimento de desabafo, tornando a faixa um símbolo para quem se sente pressionado por expectativas externas e internas.

A apresentação no Glastonbury 2025, marcada por protestos e debates políticos, amplia o significado da música. Nesse contexto, “brutal” não fala apenas das dores pessoais, mas também reflete um ambiente social tenso e desafiador. Olivia Rodrigo usa a performance como forma de expressar sentimentos de inadequação e revolta, tanto individuais quanto coletivos. Trechos como “All I did was try my best / This the kinda thanks I get?” (“Tudo que fiz foi dar o meu melhor / É esse o tipo de agradecimento que recebo?”) e “Ego crush is so severe / God, it’s brutal out here” (“A decepção com o ego é tão forte / Deus, é brutal aqui fora”) resumem a sensação de injustiça e desamparo. Ao mesmo tempo, Rodrigo utiliza a autodepreciação e a ironia, como em “I can’t even parallel– come on” (“Nem consigo estacionar em paralelo– fala sério”), mostrando que é possível expor vulnerabilidades e rir das próprias falhas.