making the bed

Reflexão e autocrítica sobre fama em “making the bed”

Em “making the bed”, Olivia Rodrigo explora de forma honesta a autocrítica e a responsabilidade pessoal diante das próprias escolhas. O título e o refrão — “it’s me who’s been making the bed” (“sou eu quem tem arrumado a cama”) — funcionam como uma metáfora clara: ela reconhece que é responsável pelas situações desconfortáveis e sentimentos de insatisfação que enfrenta, mesmo após alcançar o sucesso. Esse reconhecimento aparece em versos como “I’m playing the victim so well in my head / But it’s me who’s been making the bed” (“Eu interpreto tão bem a vítima na minha cabeça / Mas sou eu quem tem arrumado a cama”), onde Olivia admite a tendência de se colocar como vítima, mas assume que suas escolhas moldam sua realidade.

A música também aborda o impacto da fama e a sensação de alienação. Em “Getting drunk at a club with my fair-weather friends / Push away all the people who know me the best” (“Ficando bêbada em uma balada com meus amigos de ocasião / Afasto todas as pessoas que me conhecem de verdade”), Olivia expõe o distanciamento das relações verdadeiras e a superficialidade dos novos círculos sociais. O tema da perda de controle aparece no trecho “I can’t stop at the red light, I can’t swerve off the road” (“Não consigo parar no sinal vermelho, não consigo desviar da estrada”), simbolizando a pressão e as expectativas do sucesso, como ela já explicou em entrevistas. A frase “I got the things I wanted, it’s just not what I imagined” (“Consegui as coisas que queria, só não era como eu imaginava”) resume a desilusão com a fama e a busca por autenticidade. Assim, a canção se destaca pela maturidade emocional e pela reflexão sobre as consequências das próprias escolhas, conectando experiências pessoais a sentimentos universais.