Chamamento

Tradição e saudade gaúcha em “Chamamento” dos Os Monarcas

A música “Chamamento”, de Os Monarcas, destaca a importância da identidade gaúcha construída a partir da memória, da saudade e do orgulho das raízes. Logo no início, o verso “Sou petiço da esperança na carreira da verdade” mostra alguém simples, mas determinado, que carrega a esperança e a autenticidade do campo. Esse sentimento se intensifica em “Sou a fé do homem do campo que se foi lá pra cidade”, evidenciando a dualidade entre o passado rural e o presente urbano, um tema frequente na música tradicionalista gaúcha. A canção valoriza a permanência dos valores e tradições, mesmo quando as pessoas deixam o interior em busca de novas oportunidades.

Imagens como “Sou fogo de chão pro gaiteiro que se agarra sempre ao passado” e “Sou canto do quero-quero, no chamamento campeiro” reforçam o tom nostálgico e acolhedor da música, trazendo à tona cenas típicas do interior do Rio Grande do Sul. O “fogo de chão” e o “quero-quero” são símbolos regionais que remetem à convivência, à música e à natureza, elementos centrais da cultura gaúcha. O termo “chamamento” funciona como um convite para manter viva a herança cultural transmitida de geração em geração, incentivando quem partiu a se reconectar, mesmo que apenas em pensamento, com suas origens. O legado de Gildinho e a trajetória dos Monarcas aparecem como exemplos dessa celebração da tradição e do papel da música como elo entre passado e presente.