
Makalakato
Paulo Flores
Desigualdade e crítica social em "Makalakato" de Paulo Flores
Em "Makalakato", Paulo Flores faz uma crítica direta à desigualdade social e à corrupção presentes na sociedade angolana, especialmente no período pós-guerra civil. O artista utiliza personagens e expressões populares para aproximar a denúncia da realidade cotidiana, mostrando como a elite política se distancia do povo comum. O termo "Makalakato" representa uma figura de poder que, segundo a letra, "mandou tirar toda a chapa que tinha no cofre" e fez "uma finta pró seu cafokolo", sugerindo o desvio de recursos públicos para benefício próprio. A justificativa de que seria "pra alegria da malta" é usada de forma irônica, expondo o discurso vazio dos governantes.
A música reforça o contraste social ao mostrar que, enquanto "o bom povo vive a correr, sofrimento de todos os dias", a elite ostenta e se diverte: "mandou vir mais vinho e música do estrangeiro, comprou mais uma casa em cascais". A menção a Cascais, uma região nobre em Portugal, destaca o afastamento dos líderes em relação à dura realidade dos bairros pobres de Luanda, como Sambizanga e Rangel, que "continuam musseques". O trecho "Katé o filho do muadié um barriga cheia anda num bruto carrão, mas o filho do pepé num tem um pão pra levar na escola" evidencia a desigualdade de oportunidades, mostrando que o privilégio é hereditário e a pobreza persiste. Assim, Paulo Flores utiliza a música como ferramenta de denúncia social, dando voz aos marginalizados e valorizando a resistência do povo angolano.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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