
Samba-Enredo 2020 - Guajupiá, Terra Sem Males
G.R.E.S. Portela (RJ)
A utopia indígena em “Samba-Enredo 2020 - Guajupiá, Terra Sem Males”
A letra de “Samba-Enredo 2020 - Guajupiá, Terra Sem Males”, do G.R.E.S. Portela (RJ), faz uma ponte entre o mito indígena da "terra sem males" e a identidade da escola de samba. Ao afirmar “Hoje meu Guajupiá é Madureira”, a Portela transforma o bairro carioca em um símbolo de utopia, resistência e ancestralidade, conectando o passado indígena ao presente da comunidade. O samba valoriza o orgulho tupinambá e a força dos povos originários, como nos versos “Índio é dono desse chão / Índio é filho da Portela”, destacando o protagonismo indígena na história do Rio de Janeiro e da própria escola.
O desfile de 2020 trouxe à avenida uma encenação de ritual de antropofagia, refletida na letra ao abordar a resistência e a complexidade cultural dos tupinambás sem idealizações. Termos como “borduna, tacape e ajaré” e referências à maloca e ao cauim evocam a riqueza dos rituais e da vida coletiva indígena. Já versos como “Nossa aldeia é sem partido ou facção / Não tem bispo, nem se curva a capitão” reforçam a autonomia e a recusa à submissão diante de poderes externos, trazendo uma crítica política sutil. A menção ao dilúvio de Monã e ao renascimento com Irim Magé simboliza esperança e renovação, mostrando que a dor pode se transformar em alegria e aprendizado. O samba se apresenta, assim, como um manifesto de celebração, resistência e consciência histórica, unindo tradição, orgulho e luta por reconhecimento.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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