
Óculos Escuros
Raul Seixas
Improviso e crítica social em “Óculos Escuros” de Raul Seixas
Em “Óculos Escuros”, Raul Seixas utiliza a frase repetida “quem não tem colírio usa óculos escuros” para transformar uma situação cotidiana — a falta de colírio para disfarçar olhos vermelhos após fumar maconha — em uma metáfora sobre improviso e adaptação diante das limitações sociais. Inspirado por uma experiência real vivida por Raul e Paulo Coelho, o verso critica a tendência das pessoas de aceitarem soluções paliativas ou se conformarem com alternativas menos eficazes, em vez de buscar mudanças reais ou questionar o status quo.
A letra brinca com conselhos tradicionais, como “minha vó já me dizia pra eu sair sem me molhar”, mas Raul subverte essas máximas ao afirmar que prefere se molhar na chuva, valorizando a experiência própria e a individualidade. Outras expressões, como “a formiga só trabalha porque não sabe cantar” e “quem não tem filé come pão e osso duro”, reforçam a crítica à conformidade e à resignação diante das dificuldades. Além disso, há uma crítica velada ao regime militar, especialmente no verso “Tanto pé na nossa frente que não sabe como andar”, que Raul costumava cantar como “comandar”, ironizando a liderança autoritária da época. O tom descontraído e bem-humorado da música, aliado a essas referências, faz de “Óculos Escuros” uma sátira sobre como as pessoas lidam com regras, limitações e imposições sociais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Raul Seixas e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: