
Doce, Doce Amor
Raul Seixas
Mensagem política sutil em "Doce, Doce Amor" de Raul Seixas
Em "Doce, Doce Amor", Raul Seixas e Mauro Motta vão além de uma simples canção romântica. Apesar de, à primeira vista, a música parecer tratar apenas da saudade e do desejo de reencontro com um amor perdido, há uma camada de protesto velado contra a repressão da ditadura militar brasileira. O verso “Está fazendo uma semana que, sem mais nem menos, eu perdi você” pode ser interpretado não só como a dor de uma separação amorosa, mas também como um lamento pela perda repentina da liberdade e da democracia após o AI-5, como apontam relatos de Jerry Adriani e análises históricas.
A letra mostra o eu lírico revisitando “todos os lugares de antigamente” e revivendo memórias, numa busca constante pelo que foi perdido. O refrão repetido, “Doce, doce amor, onde tens andado, diga por favor”, reforça a insistência e o desejo de reencontrar não só uma pessoa, mas também um tempo de maior liberdade. A música mistura tristeza, esperança e persistência, marcada pela incerteza sobre o motivo da separação: “Mas não sei determinar ao certo qual foi a razão, meu bem vem me dizer”. Dessa forma, "Doce, Doce Amor" funciona tanto como uma balada de saudade quanto como um protesto sutil, usando a metáfora do amor perdido para expressar a falta que o país sente de sua liberdade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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