A Medida do Meu Ser
Tato Moura
Com você aprendi a viver
Somente a vida o que me atrai
A alegria sempre vai
Em sua ternura e sempre é
A medida do meu ser
E você já de longe me seduz
Nessa encruzilhada abriu
Um tempo maio
Inverno que meu coração sentiu
Para aprender o que o amor
Me envolve nos teus lábios
Tuas cavernas, tuas texturas
Tão nova essa figura
Que o poema não aguenta
Esquenta, atormenta
Desfaz e reconstrói
Surpresa que aumenta
Palavra que devora
E quando chega a hora
Nem percebe que o texto envelheceu
Com você a aventura
Chega a mil notas
Tortuosas trilhas nos cercam
Seu passo encontra o meu, leve e sutil
No caminhar, que esplendor
E tão logo essa história
Sem ter fim
Inicia a calmaria celeste
A mim, a quem não dobra o vento
Nu, o sentimento, desabou
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